quarta-feira, junho 29, 2005

Benfiquistas por Karadas

Está marcada para a próxima sexta feira, dia 1 de Julho, uma onda de solidariedade de simpatizantes, adeptos e sócios do Benfica com o intuito de sensibilizar os dirigentes encarnados para a continuação do avançado Karadas de Águia ao peito.
O súbito interesse do Estugarda pelo jogador, provocou mau estar entre as hostes da luz e pede-se agora, a compreensão para a utilidade do atleta que, lembre-se, deu ao clube de Lisboa, durante a época transacta, a estrondosa produção de 4 golos e 7 remates à baliza.
O conhecido sócio do Benfica, Sr. Barbas da Caparica, adiantou que não percebe a razão da vontade da direcção em deixar sair o norueguês: “Repare, o homem não fez nenhum autogolo nem recebeu, tão pouco, nenhum vermelho.”
Na cabeça desta acção está o maior ciclista de todos os tempos, António Andrade, agora sem bigode, que recorda com saudade os tempos em que jogou de águia ao peito.
“Aquilo é que eram tempos, havia dignidade e amor à camisola. E o ambiente dentro do balneário era uma maravilha.”
António Andrade puxou mesmo duma fotografia, que aliás publicamos, e soltou uma lágrima de nostalgia. “Eramos como uma família. A dor de uns era a dor dos outros. Era, era.”
Soube o Desordem, por portas travessas, que uma das razões do bom ambiente era a presença do colega de vestuário de Andrade, que pode ser facilmente identificado pela fotografia que mostramos.


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terça-feira, junho 28, 2005

Contraditório

Aqui fica mais uma carta chegada à nossa redacção, desta feita como resposta à anteriormente publicada.
O principio do contraditório fica assim resguardado das intempéries da vida.
Seja como for, fica aqui o convite ao caro leitor para me insultar sempre que ache necessário. O mail é o do costume e pode mesmo usar expressões brejeiras que não me importo. O melhor mail recebe uma selecção não autografada das sempre repugnantes crónicas do imbecil Miguel Sousa Tavares. Eu sei que não é uma prenda que façam questão de ter, mas de certeza que, ao lê-las, se vão encher de raiva e pode ser que a canalizem para me insultarem como deve de ser.

Contestação indignada à canalha virtual

É com uma inigualável e profundíssima tristeza que vejo chegar, a estas bem intencionadas páginas, a bujarda infame, a rasteira que pinga ranço viscoso de lesma alvitrante.
Choram os anjos deitados à terra infértil da sobranceria vácua, ganem como cães vadios os lobos desprovidos da luz da lua escondida pela vergonha de no mesmo céu morar, vociferam as almas panadas dos que foram e ficaram sem vontade de voltar para lerem as demências do insulto grotesco, iram-se as vacas das pradarias ao assistirem impotentes ao discurso duma das suas enegrecidas irmãs, arrancam os olhos os recém-nascidos já arrancados à inocência em tempo inoportuno, fustigam os ventos de encontro às areias do deserto secas pela língua viperina desta gaja.
Não sei que diga. Toda esta situação leva-me ao desespero.
Testemunhar este ataque vil e impróprio a um amigo, que apesar de ser bruto em essência, desprovido de talento ou de sombra de saber, capaz de trocar o chicotear da namorada por uma partida de Catan com gentalha impregnada de vícios duvidosos, grão-mestre de várias sociedades satânicas, algumas onde derretem cornetos de baunilha em cima de fotografias de frangos assados esturricados, é verdade, não deixa de ser a única pessoa que se presta a publicar os meus sofridos e despretensiosos textos. Este indivíduo, este avatar da modernidade, uma eterna criança, como o prova o facto de continuar aos trinta a moer com seus dentes tortos na sua chucha de infância, teve a hombridade e decência de me acolher na sua redacção quando todos os outros me cuspiam na boca com gordas gosmas e me chamavam de frustrado, sem amor, sem sexo a dois ou a mais, desprovido de qualquer préstimo ou incapaz de tudo no particular e de lidar com a realidade no geral. A esses, um bem-haja muito grande, que quando me decidir a ir desta para melhor, hei-de os levar comigo na dianteira, de cabresto numa mão e forquilha na outra.
Definições também eu as sei. Fisioterapia vaginal é o que lhe falta, vá-se lá saber qual das duas. Vagina é a mamãezinha. Fisioterapia do pénis é coisa de malandra que fustiga o macho tombado no lodo da sensibilidade.
Esta merda é um escândalo!
Vamos ficar calados e deixar que esta espécie de loucas histéricas de dêem ao desplante de conspurcar lugares de bens com as suas infâmias malignas? Nunca! A moçoila que aqui verteu o seu mal-estar existêncial é uma coitadinha. Tenha mas é a decência de poupar os inocentes leitores que encontram são refúgio nestas abençoadas páginas, bastião daqueles pequenos prazeres fortuitos que se consegue em deixar o duro trabalho durante uns breves instantes para apreciar meia dúzia de cartoons que têm a mais-valia de não serem da autoria do editor..
Quando, oh quando, é que estas agressões incongruentes vão deixar de pertencer à normalidade e uma nova era, de amor pelo próximo, compreensão pelo tudo e bestialidade pelas ruas, vai conquistar a consciência humana, pendurando pelo pescoço, nos postes da praça pública, todos aqueles que prosperam na hipocrisia e da corrupção, oh quando?
Não gosto nada de gente que se vale de insultos rasteiros para exprimir a sua desconexa sensação de ter opinião e acho essas pessoazitas uma merda do caralho!
Antes que, à figura da gaja, me torne medieval, vou mas é já ali à esquina comprar cigarros e já não volto, pelo menos até mais logo, pois neste estado de indignação esqueci o isqueiro em casa.
Só quero que todos nos relacionemos bem...
Se não for de frente, quando morrer vai por trás, como diz o povo, arre… e quem as caralhoterapia que as ature...
Assassinado:
Ph (neutro)

segunda-feira, junho 27, 2005

Finalmente cartas insultuosas

Não há nada como um gajo acordar, ir ao mail e receber um insulto destes:

Pior que o casamento é mesmo ser-se importunada periodicamente por um tipo, que outrora se fazia passar por um mero insecto inofensivo e quase que até era agradável e divertido, que hoje em dia ascendeu à condição de melga. Nada como ser-se promovido. O gajo podia ser melga apenas enquanto desempenhava as suas funções no local de trabalho, em horário de expediente, pois até foi para isso que o promoveram. Mas ele não se consegue conter, trata-se de uma espécie qualquer de incontinência. Ainda por cima com repercussões sociais. O "melgas" entende que, dando a conhecer ao mundo que ascendeu um degrau na categoria profissional, lhe proporciona outro "status". Então, pavoneia-se pelo seu círculo de amigos, conhecidos e afins apenas com o objectivo de mostrar e demonstrar que já é "melga"!
A prova do seu estado melgante é realizada pública e periodicamente, convidando as pessoas de bem a visitarem um sítio apelidado de "Desordem".
O que potencialmente poderia ser, não digo um palácio cibernético, mas pelo menos um local despretensioso, simples e agradável, onde, ao fim de um dia de trabalho se poderia descansar a vista e renovar conhecimentos, perde logo a credibilidade com o nome com que o localzinho foi abençoado.
Pior mesmo é a maçada de se ser constantemente massacrado pelo tipo melgante, que nos arrasta, pelo menos semanalmente para visitar aquela coisa, a "Espelunca Pantanosa" (seguidamente designada por E. P.).
Quer-se dizer... uma pessoa até que fazia o esforço passar por lá. Tem-se pena do tipo, anda p'ra'li a escrever baboseiras, que nem um computador quando se lhe põe qualquer coisa em cima do teclado sem querer e desata numa lufada violenta e incessante de projecção de caracteres no écran. A sorte é que pelo menos a "Espelunca" não é tão barulhenta como o computador e não fura os tímpanos. Deus seja louvado! Mas é melhor não lhe dar ideias. Ele já as tem mais que suficientes. Mas o que nos retrai é a ignorância que forra todo o espaço.
Mal se entra naquela coisa espeluncosa é logo desastroso. Assim, como quem abre uma porta e se depara com uma escadaria às escuras. Uma pessoa sem dar conta vai logo aos rebolões por ali a baixo, sem se saber de que terra é! Acontece o mesmo na E.P..
A ignorância ali encontra-se amontoada aos pacotes de 5 quilos cada. E, aproveitem, pois lá não há rotura de stock. A ignorância é permanente. Adere às paredes do site como um pega-monstro com cola araldite (passe a publicidade...).
Pelos visto as características adesivo-colantes não são pertença única do "melgas". A cola escolhida para fazer agarrar com unhas e dentes a ignorância às paredes do sítio é de boa qualidade. Haja algo positivo no meio disto tudo. Parabéns!
A realidade é cruel, como é que é possível ver um insecto com tanto potencial tornar-se numa melga 24horas por dia? O pessoal já comenta: "O gajo é workaholic! O tipo tá agarrado... só pode!".
Eu diria antes que quem nos agarra é ele. Pior que ser melga é ele engordar e tornar-se sanguessuga. Chiça! Aí tava tudo lixado.
Voltando à ignorância, ou para ser simpática, à lacuna de conhecimento, é inacreditável como é que aquela cabecinha de alfinete tem tanto espaço para folgas. Sim, o que são lacunas, afinal? Espaço vazio num interior dum corpo. Correcto?
Não sei se o psiquiatra iria resolver o problema, mas enquanto não se lhe arranja um tratamento adequado há que tomar uma atitude. Fazer-se uma vaquinha e oferecer um dicionário ao gajo. Então não é que o artrópode não sabe o que é a fisioterapia vaginal?
Bem... a ignorância não é pecado e a honestidade é uma virtude (caída em desuso, bem sei, mas mesmo assim não deixa de ser uma virtude...). O gajo até que é um insecto honesto.
Enquanto o dicionário chega e não chega aqui vai uma pequena explicação. A “arte do bem explicar” é incutida durante as sessões intermináveis de cursos intensivos ministrados gratuitamente nas diversas Empresas Públicas (que por coincidência têm as mesmas inicias que a “Espelunca Pantanosa” – E. P.) aos seus mais fiéis e fervorosos utentes.
O que é afinal a “Fisioterapia Vaginal”?
Fisioterapia vaginal significa: tratamento da vagina por meio de agentes físicos e naturais.
Dado que hoje estou em "dia sim" resolvi exceder-me e fornecer uma explicação adicional... contrariamente aos ensinamentos das E. P., cujo o lema é (e bem!) explicar o mínimo possível.
Vagina: canal do aparelho genital dos mamíferos-fêmeas que se situa entre a vulva e o útero
(Se não sabes o que é a vulva e o útero vai para a maternidade cuscar a conversa dos outros ou então espera que te ofereçam um dicionário). Quando se vai a uma E. P. também é assim. Respondem-nos rudemente com uma definição qualquer emproada e aparentemente correcta. Contudo, somos perturbados por uma inexplicável sensação de que nada de novo se acrescentou ao nosso conhecimento. Mas não se consegue de imediato reagir. Como se nos dessem um presente e ainda estamos na fase do desembrulhar. Só mais tarde quando o presenteador não está presente é que o presenteado se apercebe que o dito presente, por sinal principescamente embrulhado se encontra vazio. Na prática ninguém sabe o que significam certas coisas, ninguém as sabe aplicar. Não quer dizer que não se apliquem. O que quer dizer é que ninguém sabe como se faz. Afinal para que nos serve a imaginação? Foi assim que se inventou o fogo e a roda, e o Multibanco.
A propósito dos inventos. Qualquer dia inventam também uma “fisioterapia ao pénis”, (que é como quem diz: “fisioterapia do caralho”!) dado que os homens-papás também têm direito a uns diazitos de licença por motivo de nascimento da sua cria, também, num futuro, esperemos que próximo, poderão exercitar naturalmente o seu pénis, como recuperação do parto da mulher. Especialmente para os homens que assistem ao parto e que caiem redondos no chão, por motivo de desmaio. Se vão de frente, “trungas”, o pénis é capaz de ficar amachucado, especialmente se o chão for de pedra. Por isso… não se admirem de um dia aparecer o “melgas” em mais um momento de ignorância a queixar-se publicamente na sua querida “Espelunca Pantanosa” que nunca tinha ouvido falar na “fisioterapia do caralho”.
Enfim! À laia de conclusão é realmente uma pena que as gentes se dirijem à Espelunca Pantanosa não o façam por desejo mas por obrigação. Temos que nos unir e tratar o “melgas” que só pensa em trabalhar, que é como quem diz, só pensa em melgar. Ele também precisa de terapia, não é só a vagina da outra senhora. Ele tem de aprender a distinguir a hora de ser melga da hora de ser um insecto como os outros. Nem é por ele... Pois quando morrer vai de frente, como diz o povo!

Assinado:
A amiga Ave!

terça-feira, junho 21, 2005

Mails de quem nos ama

Felizmente, e apesar da escassez de posts, os leitores não nos abandonam e continuam a firmar a confiança no nosso talento. Ainda bem, é sinal que o Desordem pode durar mais um ano sem perder o respeito do público.
Aqui se publicam mais duas cartas dos leitores, uma deles duma querida amiga e a outra duma ou dum visitante que apesar de não o conhecer pessoalmente, tem contudo muito bom gosto.
Quanto à Sara, Geóloga de créditos firmados, importa referir que, a sua maravilhosa tese de final de curso incidiu, se bem me lembro, sobre as condições de Segurança do túnel do metro em Baixa Chiado/Cais do Sodré/Santa Apolónia e de como a essa estrutura vai cair, a qualquer momento, nos próximos 6 anos. Apesar do seu trabalho nunca ter sido revelado pelas entidades incompetentes e de ter sido, convenientemente abafado, teve a nota de 19, o que indica a pertinência do mesmo. Consequência do seu esforço foi o encerramento do túnel do Rossio, que constituiu o prólogo para o que ainda está para vir. Infelizmente, e agora a sério, isto não é nenhuma piada.
Agora as cartas e já agora passem pelo www.PeranaBarba.blogspot.com

Muitos parabéns! Não sabia que eras tu mas, ao ler o teu desordem, fiquei a
saber da noticia. Quem diria que o Violão ainda andava por ai!
E tu quando é que me vais dar a alegria de ser tia por afinidade, vê se te despachas
porque começas a ficar para trás na família, e eu estou farta de os meus amigos
nada fazerem para iniciar a próxima geração!
Muitos beijinhos para ti e para a Melissa
E vejam lá se aparecem para um dia de praia e uma caracolada
Tchau
Sara Rações

Caro Desordem:
Gostei imenso do Blog. Nunca o tinha visto antes. Há momentos verdadeiramente geniais do melhor que se tem feito em Portugal. Andei um dia inteiro com a imagem do Marques Mendes em bicos de pé num escadote a tentar desenroscar uma lâmpada. O que me ri com isso.
Também achei piada à ideia do crítico de cinema que é sempre insultado nos filmes que vai ver e que, mesmo assim, não desiste de divulgar as suas opiniões que pouco têm a ver com o filme em questão, mas que, apesar de tudo, tem bom gosto e se acha o máximo.
Boa escolha de Cartoons. Muito divertido.
Serra’s Embrace

quinta-feira, junho 16, 2005

Direitos iguais também na linguagem se faz favor!

Uma das coisas que sempre gostei foi de chamar putos às crianças. É uma característica da velhice. Quando um gajo chega a uma idade que tem a mania que é mais sábio que os outros, desata a chamar putos a todos. O puto é esperto! O puto isto, o puto aquilo. É uma pancada como outra qualquer.
Mas agora, que sou tio e responsável, não posso aplicar a mesma formula à minha sobrinha. Quando a Adriana nasceu, foi das coisas que senti mais dificuldade em aceitar, ter de me conter no uso da expressão.
“Então, mas o puto já fala?”
“Hugo, primeiro é uma menina, e depois ainda agora nasceu. As crianças não nascem a falar!”
Seja como for, comecei a pensar nas artimanhas da língua portuguesa e quando estou adriana, e por extensão, quando estou com mulheres, tenho de ter um especial cuidado na forma como abordo certas e determinadas expressões e palavras. Alguns exemplos:

Cão = Melhor amigo do homem;
Cadela = Puta;

Vagabundo = Homem que não trabalha;
Vagabunda = Puta;

Touro = Homem forte
Vaca = Puta

Aventureiro = homem que arrisca, viajante, desbravador
Aventureira = Puta

Rapaz de rua = criança pobre, que vive na rua
Rapariga de rua = Puta

Homem da vida = pessoa letrada pela sabedoria adquirida ao longo da vida
Mulher da vida = Puta

Olegário Benquerença, Paulo Paraty, Pedro Proença = Arbítros
As mães deles = Putas

Puto = Criança
Puta = Puta

quarta-feira, junho 15, 2005

O trono do país

A mais recente campanha de Marketing da marca alemã de material desportivo, Adidas, promoveu a oferta dos seus ténis Adidas 1, conhecidos por incorporarem um microchip, a algumas das personalidades mais conhecidas do mundo. Caras famosas do mundo do cinema, televisão e da sociedade em geral tiveram assim a oportunidade de experimentar o último grito em tecnologia desportiva. A marca pretende assim revitalizar as vendas do modelo que nunca foram brilhantes, tendo em conta os objectivos estabelecidos pela multinacional na altura do seu lançamento.
Um dos felizes contemplados foi D. Duarte da casa de Bragança, virtual Rei de Portugal e do Algarve, que se mostrou muito feliz com as funcionalidades dos sapatos desportivos. Em entrevista informal, o monarca deu a conhecer o efeito positivo que o chip teve no seu habitual jogging matinal, isto apesar do soberano sem coroa mostrar a sua preferência pelas caminhadas na natureza:
“As potencialidades das sapatilhas fizeram elevar os meus índices de confiança e melhorei imenso o meu tempo de corrida. Mesmo nas caminhadas que faço, já consigo fazer subidas e descidas como se tivesse 30 anos.”
O Desordem soube, por fonte segura ligada ao partido monárquico, que D. Duarte faz, amiúde, noite adentro, sangrentas e esforçadas partidas de xadrez com os Adidas 1, sendo até agora a vantagem do par de ténis.
Não são raras as vezes que Isabelinha é acordada, a meio da noite, por uma voz metálica:
“Check Mate. É a minha vez de dormir com ela.”

terça-feira, junho 14, 2005

Marques Mendes internado

O actual presidente do PSD, Marques Mendes tem estado, desde ontem, internado no Hospital Miguel Bombarda em Lisboa com uma forte depressão, isto apesar do diagnóstico ser reservado.
O assunto já não é novo e diz-se que não são raras as vezes que tal acontece.
Marques Mendes, nunca gostou que gozassem com a sua estatura física e desde que se tornou o homem forte da direita portuguesa, a chacota tem aumentado de intensidade. Fontes próximas de Marques Mendes confidenciaram que antes de ter aceite o cargo, considerou seriamente não ter avançado, precisamente por isso.
A mais recente crise emocional, no entanto, e pelo que pudemos apurar, resulta do facto de estar sozinho em casa e ter-se fundido a lâmpada do tecto da sua sala de estar, espaço que aproveita para trabalhar. Sem luz, Marques Mendes terá subido a um escadote e mesmo assim, ficou a escassos milímetros de tocar na lâmpada, vendo-se desta forma impossibilitado de trabalhar. A vergonha de ter de tocar à campainha do seu vizinho do lado e dar-lhe a conhecer a seu problema fê-lo entrar em depressão. Não tanto pelo caricato da situação, mas pela estrondosa gargalhada do outro homem.
Um amigo de infância abriu o livro das memórias e contou-nos que quando eram pequenos tinham o hábito de tocar ás campainhas das pessoas. “...mas como o canina (Marques Mendes) só chegava às campainhas das caves, as pessoas apareciam mais depressa e correr atrás de nós. O único que, no entanto, não se safava era ele porque tinha as pernas mais pequenas e a velocidade era menor, sendo sempre presa fácil. A única vantagem era quando alguma rapariga o abraçava, ficava sempre mais aconchegado que os outros.”

segunda-feira, junho 13, 2005

Cartas

Felizmente os leitores, e apesar de estarmos parados feitos parvos há já algum tempo, não deixam de aparecer por cá para ler ou reler este blogue que tanto orgulho me tem causado.
Foi por isso, e a pensar em vós, fiéis apreciadores, que introduzimos algumas mudanças na configuração da página, configurações essas produzidas pela único ser que conheço que não achou piada ao filme Big Fish de Tim Burton, o que lhe vem a retirar algum crédito enquanto pessoa cada vez que o tema vem à baila, mas que no entanto, manteve a competência necessária para modernizar este cantinho.
Agora, os frequentadores, têm links para outros blogs, o e-mail sempre disponível para me insultarem sempre que acharem oportuno e um contador de almas que espero que chegue aos 300 000 até Outubro, com o prejuízo de bater com a porta e nunca mais escrever para aqui caso a meta não seja atingida.
Esta semana, o Desordem ressuscita para dar a conhecer as últimas cartas enviadas por dois grandes amigos, que apesar de não os ver frequentemente, vieram dar conta de si, o que muito me apraz.
A primeira vem da Ave, que não a vejo vai para 3 anos, altura em que fazia de mim o que queria, de modo a conseguir ter os seus trabalhos prontos para o curso de fotografia que tirou. Aliás, o seu mérito foi tanto que teve direito a reportagem na Visão e tudo. Bela fotografa que veio a ser. Foram tempos de grande alarido e que recordo com muita saudade. Fazia-me passar por Poirot, mulher, puta e anjo, tudo em nome do profissionalismo que uma carreira de modelo exigia. Não tivesse eu os dentes a tirar para o avançado e a esta hora até podia ser modelo da Calvin Klein.
A segunda vem do meu amigo Violão, companheiro do futebol e da vida que muito estimo, mas que não lhe ponho a vista em cima desde que entrei no sempre difícil mundo do estrelato. Fica então convidado para a próxima almoçarada de peixe cru que fizermos no restaurante japonês do meu bairro.

“Depois de estar um mês consecutivo a trabalhar, sem fins-de-semana ou afins,
deparei-me com necessidade de algo... mas como o "Ambrósio" ainda não tinha
chegado tive que me desen-merdar com uma pseudo-aventura cibernética, que me
arrastou para o Desordem o "belogue do Momento". 'Tava apinhado de gente,
tive uma certa dificuldade a entrar. Subornei o porteiro (apesar de não ter
os apetrechos da Pimpinha Ajardinada, conforme explica o "Desordem") mas cá
me desenrasquei. Arrefinfei-lhe um chupão no pescoço e o negócio ficou mais
que selado.
O desespero leva-nos realmente a actos impensados. Provavelmente é o
"instinto a falar". "Sei lá" como diz "a outra". Como é que é possível após
um mesito de internato ver-me (quase que empolgadamente) a ler o seu
"belogue"!? Hum?
Mas a Lei de Murphy deve explicar a minha escolha (errada!) que fiz perante
o vazio laboral com que me debatia.
Quando já estava emocionalmente envolvida no dito belogue, eis que me
aparece o "meu modelo fotográfico por excelência", a dar uma entrevista.
Terça-feira, Março 08, 2005
Citando "Hugo Pablo Carballo":
(Phooning )
"Chateia-me sempre servir de modelo para as fotografias... "
"Bolas, bolas, bolas!" Pensei eu. Mais valia estar a trabalhar. Isto de não
ter o que fazer acaba sempre em desilusão. Um autêntico balde de água
fresquinha a correr-me p'la espinha abaixo.

Sr. H. Pablo Carballo, eu lhe pergunto:
- Por acaso não foi prestigiente fazer de dona de casa, na campanha
"Felicidade em Pó"?
- Ou será que não é brilhante ter sido o "anjo na Terra" ao lado de uma
prostituta?
Antes que me responda, eu confesso.
Penso que foi a tortura de um rosto pintado de branco, deixado horas a fio
sob dois focos de luz de 100w cada... Foi concerteza este pequeno incidente
que o distanciou da arte de posar.
Lamento imenso que não tenha conseguido superar as queimaduras de 3.º grau,
nem os encontros imediatos do mesmo grau.
Para me redimir o que posso fazer é continuar a fingir que estou atentamente
a ler o seu "belogue", e comprometer-me para todo o sempre que o farei em todos os meus futuros momentos de ócio.”

Assinado:
Ave.

“Amigo, li pela 1ª vez a tua desordem e deixa-me dizer-te que está porreiro,(nunca me enganaste com essa tua mania da escrita). Quero dar-te os parabéns pelo nascimento da tua sobrinha (já somos tios).”

Um Abraço
Violão

terça-feira, junho 07, 2005

O Desordem está parado

É verdade, já muitos notaram a escassez de posts que minou este canto nas últimas semanas, mas aqui o editor está a fazer pela vida académica e o tempo é pouco não chegando para tudo. A culpa não é minha, mas a história do homem vai-se complexando com o decorrer do tempo e as coisas dificultam-se. Na idade média ninguém pensava, era Deus e porrada da grossa de maneira que pouco havia a saber. Mas agora, na época moderna, com pensadores como Descartes, Leibniz, Espinoza, Voltaire, Locke, Hobbes, Lutero, Calvino, Erasmo e os demais, já tenho de piar fininho.
Seja como for espero voltar em breve, lá para o fim do mês, com mais força que nunca para comemorarmos, juntos, o primeiro ano de actividade deste espaço que conquistou muitos corações do Minho ao Algarve. Muitos mais do que estava à espera.
Se se quiserem, em todo o caso, distrair durante a hora de expediente, podem sempre consultar os blogs de companheiros meus que, apesar de não possuírem a sabedoria e a demência deste, sempre se aprende qualquer coisa. (links do lado esquerdo)
Até qualquer dia. O mail é o do costume: hugomcarvalho@sapo.pt deixem os vossos comentários e opiniões que eu prometo mandá-las para a reciclagem sem as abrir.