segunda-feira, maio 16, 2005

Finanças vão obrigar clubes a pagar dívidas

Foi com entusiasmo que o governo, encabeçado por José Sócrates, deu a conhecer à comunicação social a solução para o problema que tem vindo a enervar, e de que maneira, a maioria dos contribuintes nacionais – As dívidas dos clubes de futebol.
O problema tem sido uma batata quente devido às promíscuas relações entre política e futebol e, evidentemente, aos interesses que se foram instalando em sequência dessas afinidades.
O caso recente, apito dourado, está muito lentamente a destapar um pouco do véu que tem encobrindo os negócios do mundo da bola mas, mesmo assim, pouco se tem feito, nomeadamente no que toca às dívidas dos clubes que, juntas, chegam a bater o PIB de vários países africanos.
A tentativa de cobrar o que é devido começou, benza-o Deus, no executivo anterior onde Bagão Félix assumiu alguma coragem ao enfrentar os homens fortes do desporto rei. Diz-se mesmo, à laia de mito urbano, que foi proibido de entrar em qualquer estádio nacional. O Desordem bem se esforçou para confirmar a notícia, mas sem êxito.
O novo ministro das finanças, Campos e Cunha, tem vincado a ideia de que a perseguição à fraude fiscal vai ser pura e dura, especialmente para os partidários da direita portuguesa, estando os mesmo a ser criteriosamente investigados neste momento.
Quanto às faltas dos clubes, Campos e Cunha vai recorrer ao tão afamado Homem do Fraque para resolver a questão. A equação é simples, se a coisa resulta com o cidadão normal, porque não com os clubes. “Imagine-se a vergonha que não é para um sócio ver um homem de cartola e de fraque a irromper estádio adentro em dia de jogo, de mão estendida, a pedir o que lhe é devido? Estou esperançado que a solução seja viável. O maior problema é estabelecer contacto com os sportinguistas que desde o passado Sábado não falam a ninguém.”
Dias da Cunha não comentou ainda a notícia. Seja como for, o Homem do Fraque recusa-se a entrar na zona de Alvalade durante os próximos dias. O ambiente, segundo o próprio, não é propício para grandes aventuras, temendo mesmo pela sua própria integridade física. “O melhor é esperarmos pelo início da próxima época.”