Louvre compra obra-prima
Martinha vendeu finalmente, a sua obra-prima, Ursinho a patinar em dia de inverno, ao maior e mais prestigiado museu do mundo. As negociações correram com algumas limitações, uma vez que a artista acabou por adormecer subitamente a meio das conversações. O responsável máximo pelo museu, Henry Loirette, mostrou-se visivelmente feliz após o acordo com a portuguesa. “Sim, é uma honra poder ter, aquele que é considerado o ponto máximo da arte do princípio do Século XXI. Ainda não estou em mim.” Quanto aos valores do negócio, mostrou-se, como seria de esperar, relutante em comentar. “Isso é o menos importante, o que interessa é que o Louvre pode mostrar a todos os franceses e cidadãos do mundo, uma peça admirável e cheia de talento. Martinha sempre foi um dos grandes nomes da cultura portuguesa, e tenho pena que no seu país de nascimento não lhe tenham feito a devida justiça.”
Nenhum trabalho da artista, recorde-se, foi alguma vez comprado por uma organização estatal ou mesmo particular de nacionalidade portuguesa. Os preços que Martinha pede, para vender as suas magníficas obras, são incomportáveis para com o nível de vida português. Pedro Lapa, Director do Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, desabafou aos microfones do Desordem: “Não compreendo a relutância que ela tem em vender os seus trabalhos para Portugal. Compreendo que os valores que recebe são muito altos e que no fundo, vende à melhor oferta, mas podia ser mais condescendente com os museus nacionais. Repare, uma pessoa se quiser ver por exemplo, o Patinhos à beira mar, tem de se deslocar a Nova Iorque. Ou então, no caso do meu preferido, Passarinho Piu Piu engaiolado, tenho de me deslocar a Londres. O problema também é que nenhuma reprodução das suas obras consegue demonstrar o talento e a magnificência de Martinha. Só de pensar nisso fico com pele de galinha.”
Para a crítica de arte do jornal Público, Kathleen Gomes, os bordados de Martinha são duma sumptuosidade extrema. “Tudo se conjuga numa harmonia indómita. As suas peças são como uma presença mesclada de puerilidade e ambivalência naturante ou naturalista se preferir. Ver uma obra dela é uma experiência beatificatória e que não deve ser, de todo, ignorada.”
O Desordem tentou, junto da artífice, escutar alguns comentários a este assunto. A única coisa, no entanto, que conseguimos, foi a sua voz, manifestamente irritada e incomodada com a nossa presença: “Mau! Mau! Mau! Mau! Mau! Mau!”
O Ministério da Cultura, está a preparar neste momento um livro intitulado, Dedos perfurados, que pretende ser uma antologia de tudo o que a artista fez ao longo da sua vida, desde da sua tenra idade, até aos dias de hoje. Neste volume, irá ser também publicada uma entrevista que este nome incontornável da cultura portuguesa deu a Carlos Castro. Nela se fala sobre a vida, os amores, e o futuro. Este tomo tem a colaboração de Leáh, sua agente, que a tem acompanhado na sua carreira artística desde os tempos mais remotos. Esperemos então até à data de publicação para conhecer o talento e a pessoa de Martinha Lambreta.
Nenhum trabalho da artista, recorde-se, foi alguma vez comprado por uma organização estatal ou mesmo particular de nacionalidade portuguesa. Os preços que Martinha pede, para vender as suas magníficas obras, são incomportáveis para com o nível de vida português. Pedro Lapa, Director do Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, desabafou aos microfones do Desordem: “Não compreendo a relutância que ela tem em vender os seus trabalhos para Portugal. Compreendo que os valores que recebe são muito altos e que no fundo, vende à melhor oferta, mas podia ser mais condescendente com os museus nacionais. Repare, uma pessoa se quiser ver por exemplo, o Patinhos à beira mar, tem de se deslocar a Nova Iorque. Ou então, no caso do meu preferido, Passarinho Piu Piu engaiolado, tenho de me deslocar a Londres. O problema também é que nenhuma reprodução das suas obras consegue demonstrar o talento e a magnificência de Martinha. Só de pensar nisso fico com pele de galinha.”
Para a crítica de arte do jornal Público, Kathleen Gomes, os bordados de Martinha são duma sumptuosidade extrema. “Tudo se conjuga numa harmonia indómita. As suas peças são como uma presença mesclada de puerilidade e ambivalência naturante ou naturalista se preferir. Ver uma obra dela é uma experiência beatificatória e que não deve ser, de todo, ignorada.”
O Desordem tentou, junto da artífice, escutar alguns comentários a este assunto. A única coisa, no entanto, que conseguimos, foi a sua voz, manifestamente irritada e incomodada com a nossa presença: “Mau! Mau! Mau! Mau! Mau! Mau!”
O Ministério da Cultura, está a preparar neste momento um livro intitulado, Dedos perfurados, que pretende ser uma antologia de tudo o que a artista fez ao longo da sua vida, desde da sua tenra idade, até aos dias de hoje. Neste volume, irá ser também publicada uma entrevista que este nome incontornável da cultura portuguesa deu a Carlos Castro. Nela se fala sobre a vida, os amores, e o futuro. Este tomo tem a colaboração de Leáh, sua agente, que a tem acompanhado na sua carreira artística desde os tempos mais remotos. Esperemos então até à data de publicação para conhecer o talento e a pessoa de Martinha Lambreta.
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