Yvonne e Pedro semeiam o pânico
Yvonne e Pedro conseguiram transformar, durante o passado mês de Setembro, algumas localidades de Portugal, Espanha e França em verdadeiros estados de sítio. A loucura terá começado em Portugal, país de origem, quando um avaliador de automóveis, pertencente a um duvidoso Stand, os terá tentado enganar nos valores a atribuir ao velhinho Lancia do casal. A coisa começou a ficar torta quando Yvonne, atenta à má fé do avaliador, lhe cravou as unhas na garganta, fazendo-o estrebuchar, lentamente, até à morte. Assustados com o sucedido, colocaram o cadáver ensanguentado na mala do carro e avançaram, destemidos, para o Norte do País, onde tentariam arranjar um sítio seguro para enterrar o corpo.
Foi já na zona de Viseu, numa mata, que conseguiram finalmente encontrar um local recôndito, aparentemente perfeito para, sem pressa, se desembaraçarem do avaliador. Enquanto cavavam, uma patrulha da GNR, de prevenção a eventuais incêndios, deu com eles de pá na mão. Pedro, repentinamente, entrou para dentro do Lancia e, de marcha à ré, esborrachou os pés de dois dos agentes. O terceiro disparou quatro tiros, mas nenhum deles acertou na viatura. Yvonne, aproveitando o desnorteio do GNR, enfiou-lhe, qual Padeira de Aljubarrota, a pá ventas acima. Os outros dois agentes, com os pés espalmados e deitados no chão sem se poderem mexer, tiveram o mesmo tratamento.
Este incidente teve repercussões nos trabalhos de escavação. Assim, em vez de terem de cavar uma cova individual, teriam de triplicar o seu tamanho para lá despejarem os cadáveres. Pedro conseguiu no entanto, sem problemas, com o seu reconhecido físico atlético, resolver facilmente o assunto.
O caso ficaria então abafado não fosse um incendiário, presente na mata, ter visto tudo e, na hora, bufado ao posto da GNR o que vira. Os corpos foram rapidamente desenterrados e a caçada internacional teve então o seu começo, sendo avisadas, para o efeito, as autoridades espanholas e francesas.
Já em Espanha, onde Pedro tentava reviver os tempos que passara no México como Mariachi, foram rapidamente descobertos e confundidos com terroristas pertencentes à ETA. Do tiroteio com a polícia local resultaram 4 mortos, todos eles do lado espanhol, o que fez Yvonne particularmente feliz, pois a troca de balas relembrou-lhe a vitória sobre a Espanha no Europeu 2004.
Esta aventura, bem ao estilo de Bonnie e Clyde, continuou já em França, na cidade das luzes. Depois de visitada a Torre Eiffel, o casal perseguido decidiu, num devaneio, tentar roubar o quadro de Martinha Lambreta, Ursinho a patinar em dia de Inverno, exposto no Louvre desde a última semana de Setembro. Mas o apertado sistema de segurança do museu, não permitiu nem sequer a tentativa, de forma que, sem opção, continuaram a sua demanda pela liberdade. Yvonne, num acesso de esperteza, deixou crescer os pêlos nas axilas para melhor se confundir com as fêmeas francesas e assim ludibriar a polícia. Foi precisamente esse embuste que permitiu que o casal voltasse, em segurança, para a sua exuberante casa, na zona chique de Cascais. Cascais que, como se sabe, é uma localidade protegida pela imunidade e onde a maioria dos imunes fiscais assentam arraiais, aproveitando o facto de a polícia não estar autorizada a lá entrar. Assim sendo, o casal está neste momento em segurança e, sem contratempos de maior, vive um casamento feliz e espontâneo sem, felizmente, conhecer as atribuladas facetas do martírio conjugal.
Foi já na zona de Viseu, numa mata, que conseguiram finalmente encontrar um local recôndito, aparentemente perfeito para, sem pressa, se desembaraçarem do avaliador. Enquanto cavavam, uma patrulha da GNR, de prevenção a eventuais incêndios, deu com eles de pá na mão. Pedro, repentinamente, entrou para dentro do Lancia e, de marcha à ré, esborrachou os pés de dois dos agentes. O terceiro disparou quatro tiros, mas nenhum deles acertou na viatura. Yvonne, aproveitando o desnorteio do GNR, enfiou-lhe, qual Padeira de Aljubarrota, a pá ventas acima. Os outros dois agentes, com os pés espalmados e deitados no chão sem se poderem mexer, tiveram o mesmo tratamento.
Este incidente teve repercussões nos trabalhos de escavação. Assim, em vez de terem de cavar uma cova individual, teriam de triplicar o seu tamanho para lá despejarem os cadáveres. Pedro conseguiu no entanto, sem problemas, com o seu reconhecido físico atlético, resolver facilmente o assunto.
O caso ficaria então abafado não fosse um incendiário, presente na mata, ter visto tudo e, na hora, bufado ao posto da GNR o que vira. Os corpos foram rapidamente desenterrados e a caçada internacional teve então o seu começo, sendo avisadas, para o efeito, as autoridades espanholas e francesas.
Já em Espanha, onde Pedro tentava reviver os tempos que passara no México como Mariachi, foram rapidamente descobertos e confundidos com terroristas pertencentes à ETA. Do tiroteio com a polícia local resultaram 4 mortos, todos eles do lado espanhol, o que fez Yvonne particularmente feliz, pois a troca de balas relembrou-lhe a vitória sobre a Espanha no Europeu 2004.
Esta aventura, bem ao estilo de Bonnie e Clyde, continuou já em França, na cidade das luzes. Depois de visitada a Torre Eiffel, o casal perseguido decidiu, num devaneio, tentar roubar o quadro de Martinha Lambreta, Ursinho a patinar em dia de Inverno, exposto no Louvre desde a última semana de Setembro. Mas o apertado sistema de segurança do museu, não permitiu nem sequer a tentativa, de forma que, sem opção, continuaram a sua demanda pela liberdade. Yvonne, num acesso de esperteza, deixou crescer os pêlos nas axilas para melhor se confundir com as fêmeas francesas e assim ludibriar a polícia. Foi precisamente esse embuste que permitiu que o casal voltasse, em segurança, para a sua exuberante casa, na zona chique de Cascais. Cascais que, como se sabe, é uma localidade protegida pela imunidade e onde a maioria dos imunes fiscais assentam arraiais, aproveitando o facto de a polícia não estar autorizada a lá entrar. Assim sendo, o casal está neste momento em segurança e, sem contratempos de maior, vive um casamento feliz e espontâneo sem, felizmente, conhecer as atribuladas facetas do martírio conjugal.
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