quarta-feira, abril 06, 2005

Boa mesa

É verdade, este blog não para mesmo de surpreender e de evoluir. Estava eu a ler no Sábado passado a Grande Reportagem, e as saborosas intervenções do Francisco José Viegas quando me lembrei, assim sem mais nem menos, de fazer uma coisa que misture a boa disposição com a alimentação. Vai daí surgiu a possibilidade de contar uma anedota que envolvesse peixes e hortaliças. Eu não gosto de anedotas, mas os leitores adoram, por isso, não vendo inconveniente, deixei-me prostituir.
Fica o Sr. Leitor avisado, se conhecer alguma anedota cujo tema é a alimentação e que tenha tanta piada como nós, mande por favor para o mail do costume: hugomcarvalho@sapo.pt que nós prometemos publicar o seu nome e engrandecer o seu talento, mesmo que seja um idiota de primeira apanha. Não se preocupe com a explicação que nós cá nos arranjamos.
Esta contribuição é do nosso cronista Paulo Rinhonha que esta semana não foi novamente aumentado e ganhou, sem o esperar, novo alento para a vida.

Anedota:
Iam uma LULA, e um ESPARGO na rua. O ESPARGO pisa a LULA, e
esta diz:
- Éspargo ou quê??
Diz o ESPARGO:
-Calula!

Explicação:
Espargo:
Hortaliça perene da família Liliceae. Trata-se de planta dióica, isto é há plantas masculinas e femininas. Planta vivaz da família das liliáceas e sub-família das asparagoideas, cujo caule subterrâneo emite rebentos comestíveis, chamados “turriões” ou, correntemente, “espargos”. Conhecido dos Egípcios, apreciado pelos gregos e romanos, o espargo só começou verdadeiramente a ser cultivado em França com ordem do Rei Luís XIV.
Os espargos são ricos em celulose e minerais (potássio, sódio, cálcio, magnésio, fósforo, enxofre, cloro, ferro, zinco, cobre, alumínio, manganês, flúor, arsénico, iodo e bromo) e em vitaminas (A, C, PP, B1 e B2); são pobres em hidratos de carbono e gordura. A sua digestão é concluída ao fim de 3 horas.
Segundo a CNN.com, agricultores da Nova Zelândia capturaram um raro, e gigantesco espargo, informaram cientistas neozelandeses, nesta quinta-feira. Esse espargo, uma fêmea de meia-idade do tipo colossal, é o segundo exemplar intacto conhecido desta espécie da sub-família das asparagoideas, de acordo com o biólogo Setive O'Sheio, do Museu Nacional da Nova Zelândia. "Já vi 105 espargos gigantes, mas um como este é algo sensacional", disse O'Sheio à agência de notícias Reuters. Um tractor de ceifar capturou o espargo de 150 quilos no Campo de Ross, na Antártida, a cerca de 3600 quilómetros a Sul de Wellington. Quando foi capturado, o espargo estava a alimentar-se de uma espécie de alcachofra da Patagónia, que chega a medir até dois metros de comprimento. O espargo já estava morto quando foi rebocado até ao camião e os seus restos estão agora no Museu Nacional da Nova Zelândia.

Lula:
Entre os cefalópodes encontram-se os maiores, mais rápidos e mais inteligentes de todos os invertebrados. Podem apresentar tamanho relativamente reduzido, cerca de 2 a 3 cm de comprimento, ou atingir os 16 metros (dos quais 10 correspondem aos tentáculos) ou mesmo mais, das lulas gigantes.
Os cefalópodes (gr. kephale = cabeça + podos = pé) apresentam o pé transformado em tentáculos, oito ou dez, providos de ventosas e que rodeiam a boca. Nos chocos, além dos oito tentáculos vulgares, como nos polvos, existem dois com que capturam as presas, que podem ser projectados com grande rapidez. Nas lulas também existem dois tentáculos especializados na captura de presas mas estes não são retrácteis. A cabeça destes animais é distinta e apresenta olhos muito eficientes, semelhantes aos dos vertebrados, bem como órgãos dos sentidos químicos e tácteis muito desenvolvidos.
Segundo a CNN.com, pescadores da Nova Zelândia capturaram uma rara, e gigantesca lula, informaram cientistas neozelandeses, nesta quinta-feira. Essa lula, uma fêmea de meia-idade do tipo colossal, é o segundo exemplar intacto conhecido desta espécie de molusco cefalópode, de acordo com o biólogo Steve O'Shea, do Museu Nacional da Nova Zelândia. "Já vi 105 lulas gigantes, mas uma como esta é algo sensacional", disse O'Shea à agência de notícias Reuters.Um barco de pesca capturou a lula de 150 quilos no Mar de Ross, na Antártida, a cerca de 3600 quilómetros a Sul de Wellington. Quando foi capturada, a lula estava a alimentar-se de uma espécie de peixe da Patagónia, que chega a medir até dois metros de comprimento. O molusco já estava morto quando foi rebocado até ao barco e os seus restos estão agora no Museu Nacional da Nova Zelândia. O corpo de uma lula colossal é maior que o da lula gigante, que pode pesar até 900 quilos na plenitude de seu crescimento. Os tentáculos de uma lula gigante podem chegar a medir até 13 metros de largura, em comparação com os cinco metros do exemplar capturado.
Para quem veio com apetite e se interessa pela misteriosas expressões de vida vegetalotentacular...

Lulas Fritas com Molho Tártaro
Ingredientes: 450 g de lulas frescas ou descongeladas1 espargo 1 colher (sopa) de espargo
115 g de farinha de espargo, Óleo de espargo para fritar Molho tártaro para espargos e Para decorar quartos de espargos (opcional)
Preparação:
1.Para limpar cada lula, segure firmemente o corpo com uma mão e a cabeça com a outra mão. Puxe a cabeça para fora do corpo. (A cabeça e o corpo devem soltar-se juntos.) Reserve o corpo tubular da lula.
2.Corte os tentáculos da cabeça; reserve. Deite fora a cabeça e as entranhas.
3.Segure a ponta da cartilagem transparente que sai do corpo e puxe-a para fora. Deite fora.
4.Lave cada lula sob água fria corrente. Retire a membrana colorida com pintinhas que cobre o corpo e as barbatanas; reserve.
5.Lave a parte interior de cada lula com água fria corrente. Repita o mesmo com o resto das lulas.
6.Corte o corpo tubular de cada lula em rodelas. (As rodelas do corpo, as barbatanas e os tentáculos são partes comestíveis.) Seque todos os pedaços com papel de cozinha absorvente.
7.Bata os ovos com o leite numa tigela pequena. Coloque cada lula neste preparado de ovos e leite e cobrindo-as bem. Espalhe a farinha de rosca numa tigela rasa; passa cada lula pela farinha de rosca e depois coloque-as num prato coberto por papel de cozinha encerado. Deixe-as repousar durante 15 minutos antes de fritar.
8.Para fritar as lulas de acordo com o método de fritura de submersão, aqueça 4 cm de óleo numa panela grande à temperatura de 190ºC. (Atenção: As lulas espirram ao serem postas no óleo quente, portanto mantenha-se à distância da panela.) Ajuste a temperatura para a manter nivelada. Frite de 8 a 10 pedaços de lula de cada vez em óleo quente durante 45 a 60 segundos até começarem a dourar. Retire-as da panela com uma concha perfurada e coloque-as num prato forrado com papel de cozinha absorvente.
9.Alternativamente, as lulas podem ser fritas na superfície do óleo. Para isso aqueça 6 mm de óleo numa frigideira grande em lume médio-forte; reduza para lume médio. Coloque os pedaços lula em camada única mantendo distância entre os pedaços. Frite durante um minuto de cada lado, usando 2 garfos para virar. Repita o mesmo processo com o resto dos pedaços. (Esse método utiliza menos óleo, mas é mais trabalhoso). Sirva os pedaços de lula com Molho Tártaro e quartos de limão. Decore se desejar.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

sei bem o que isso é.
a minha mãe fez lulas à sevilhana e à mais de uma semana que ando a comer a mesma argola...

5:59 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Esta teve mm muita piada. Façam mais posts sobre vegetais. É muito mais engraçado do que política ou vida quotidiana.

10:03 da manhã  

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