Tozé Martinho apanhado com a boca na colher
Foi finalmente apanhado o responsável pela razia verificada no frigorífico que o Desordem deu conta ao longo desta semana.
Uma sucessão de incríveis casualidades, sem aparente ligação, levaram a sagaz inspectora Varatojo até ao larápio, sem que fosse preciso puxar muito pela preciosa cabeça. “Sabe, nós com a experiência que temos raramente somos enganados neste tipo de casos.”
Foi com grande espanto que João recebeu a informação sobre a identidade do amigo do alheio. Diz a própria: “Nunca pensei que fosse ele, até gosto do senhor sempre tão bem composto na televisão...Não me importava de ficar sem os iogurtes, mas desde que me tivesse pedido. Não custa nada pedir.”
O caminho que levou a polícia até ao actor foi relativamente fácil. Maria João, aproveitando o facto de saber como adquirir veneno igual aquele que tem vitimado a face do líder da oposição da Ucrânia Viktor Iuschenko, resolveu atacar e, sem avisar nada nem ninguém, à excepção da inspectora responsável pelo caso, injectou uma quantidade substancial do produto num iogurte. A operação cirúrgica, levada a cabo pelas mãos da própria, não levantou qualquer desconfiança aos usuários habituais do frigorífico.
Passado alguns dias, não se verificou nenhuma alteração na face de ninguém que, à partida, era apontado como suspeito pelos crimes à propriedade alimentar.
Até aqui nada de novo, mas é nesta fase do processo que sucede a reviravolta final, em que Varatojo, com a sua elegante sabedoria e perspicácia, aponta o dedo ao responsável. A explicação da mesma é elucidativa: “A João disse-me que tinha colocado veneno nos iogurtes e a partir daí é uma questão de tempo até o gatuno se desvendar. Ora ontem estava eu a ver televisão quando de repente dou de caras com o Tozé Martinho a representar maravilhosamente na telenovela Baía das Mulheres. Isso causou-me estranheza. Veja lá você que até os textos que ele escreveu estavam bons, quer dizer, bons bons não estavam, mas pronto, pelo menos não tinham erros de português. Ora a partir daí foi fácil. Fui ler quais eram os efeitos do veneno e descobri que, quando não ataca na face da vítima, como o caso do líder da oposição da Ucrania, ataca no bom gosto. Ora a única pessoa que deu mostras de melhorar o bom gosto foi ele. Somei um mais um e cheguei à solução final.”
O caso, no entanto, não avançou para tribunal porque o realizador pediu as devidas desculpas e deu meia dúzia de autógrafos, tanto a Maria João como a Vanda Varatojo saneando-se assim as divergências existentes.
Uma sucessão de incríveis casualidades, sem aparente ligação, levaram a sagaz inspectora Varatojo até ao larápio, sem que fosse preciso puxar muito pela preciosa cabeça. “Sabe, nós com a experiência que temos raramente somos enganados neste tipo de casos.”
Foi com grande espanto que João recebeu a informação sobre a identidade do amigo do alheio. Diz a própria: “Nunca pensei que fosse ele, até gosto do senhor sempre tão bem composto na televisão...Não me importava de ficar sem os iogurtes, mas desde que me tivesse pedido. Não custa nada pedir.”
O caminho que levou a polícia até ao actor foi relativamente fácil. Maria João, aproveitando o facto de saber como adquirir veneno igual aquele que tem vitimado a face do líder da oposição da Ucrânia Viktor Iuschenko, resolveu atacar e, sem avisar nada nem ninguém, à excepção da inspectora responsável pelo caso, injectou uma quantidade substancial do produto num iogurte. A operação cirúrgica, levada a cabo pelas mãos da própria, não levantou qualquer desconfiança aos usuários habituais do frigorífico.
Passado alguns dias, não se verificou nenhuma alteração na face de ninguém que, à partida, era apontado como suspeito pelos crimes à propriedade alimentar.
Até aqui nada de novo, mas é nesta fase do processo que sucede a reviravolta final, em que Varatojo, com a sua elegante sabedoria e perspicácia, aponta o dedo ao responsável. A explicação da mesma é elucidativa: “A João disse-me que tinha colocado veneno nos iogurtes e a partir daí é uma questão de tempo até o gatuno se desvendar. Ora ontem estava eu a ver televisão quando de repente dou de caras com o Tozé Martinho a representar maravilhosamente na telenovela Baía das Mulheres. Isso causou-me estranheza. Veja lá você que até os textos que ele escreveu estavam bons, quer dizer, bons bons não estavam, mas pronto, pelo menos não tinham erros de português. Ora a partir daí foi fácil. Fui ler quais eram os efeitos do veneno e descobri que, quando não ataca na face da vítima, como o caso do líder da oposição da Ucrania, ataca no bom gosto. Ora a única pessoa que deu mostras de melhorar o bom gosto foi ele. Somei um mais um e cheguei à solução final.”
O caso, no entanto, não avançou para tribunal porque o realizador pediu as devidas desculpas e deu meia dúzia de autógrafos, tanto a Maria João como a Vanda Varatojo saneando-se assim as divergências existentes.
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