Afonso mostra o seu ferrão
Foi com uma alegria descontrolada por parte dos familiares e amigos que Afonso Maia mostrou, a quem o quisesse ver, o seu pequeno ferrão.
Várias foram as mensagens de júbilo que a família recebeu, não faltando bom mel à mesa e também algumas histórias de infância que visavam o seu pai Pedro Maia, sendo, a mais badalada, a que envolveu o próprio, duas imperiais de mau sabor, a sempre desprezível companhia do Feliciano e uma ida de contornos duvidosos à Ericeira onde travaram conhecimento com alguns pescadores locais.
O recém nascido estava animado e não mostrou por nenhuma vez má disposição, o que favoreceu a festa e visualização do ainda minúsculo apetrecho de defesa.
Para o médico que esteve a assistir, a criança possui um ferrão ainda superior ao pai e presume-se que ainda mais mortífero.
Pedro Maia mostrou-se radiante com o facto da sua descendência não ter degenerado. Aos microfones do Blogue foi dizendo: “Olhe que se há coisa que me orgulho é do meu ferrão. Nunca me deu problemas, antes pelo contrário, foi sempre a jóia da coroa. Mas já se sabe como é, já não é a mesma coisa. Agora dizer que aquela coisita é ainda superior ao do pai…convínhamos não é…”
Susana também estava feliz. “Felizmente tudo está bem. Ainda julguei que podia nascer torto, mas não, mostra-se imperial.”
A festa continuou horas adentro numa noite fria. Quando interrogado pelos famosos posters do Alain Prost, a alegria pareceu desvanecer da face de Pedro Maia. “Não sei nada disso. Nunca ouvi falar disso.”
Seja como for ficam aqui as nossas felicidades à vida dum verdadeiro Zangão.
Para os porcos e odiosos que estiveram a pensar noutras coisas durante a leitura desta pequena notícia, fica aqui o esclarecimento:
A palavra ferrão significa, neste contexto particular, literalmente um ferrão. Estamos a falar de abelhas, daquelas das colmeias, que se regem por códigos de conduta muito próprios.
Por isso não pensem que o Desordem apanhou o comboio da pimbalhada.
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