Phooning
Passei este fim de semana a estudar essa nobre arte do phonning. Finalmente tenho razões mais do que suficientes para tirar fotografias ao lado de monumentos. Chateia-me sempre servir de modelo para as fotografias que provam, a quem quer que seja, que os donos da máquina fotográfica estiveram, realmente, em determinado sítio. Mas porque raio é que eu preciso de estar na fotografia quando o que se quer que apareça é o monumento? Apenas para provar que, efectivamente, eu lá estive e que a minha vida não é uma mentira, como aliás muita boa gente quer insinuar. Ficam, pois, desde já avisados e atendendo ao senso comum, que a foto simples não é evidência de nada. Para isso compra-se um postal.
Tinha uma namorada há uns anos que passava a vida a fotografar as coisas. Mas não era capaz de fotografar sem uma figura humana ao lado. Dizia que gostava de recordar as pessoas e os sítios por onde passou ao mesmo tempo. “Oh Hugo põe-te aí ao lado dos Jerónimos, se faz favor! Vá lá não sejas parvo! Vá lá sorri. Merda, é sempre a mesma fita.” Nunca entendi a obsessão, aliás acredito que a minha presença só servia para lhe estragar as fotos. Acabámos pouco tempo depois quando uma amiga intima dela lhe disse, depois de me ver ao lado duma anta: “Olha lá, quem é este gajo, dentolas, cabeludo, caixa de óculos, barbudo e magricela que aparece ao lado dos pedragulhos?”
A minha irmã então é inacreditável. Todas, mas mesmos todas as fotos que possui são tiradas com ela sempre, mas sempre, na mesma posição. O que muda é o cenário. Parece a cena do O fabuloso destino de Amélie em que um anão de jardim aparece em dezenas de fotografias com uma cidade atrás de si, dando a ideia de ser um anão de jardim extremamente viajado.
Mas tudo isto tudo acabou porque tive a sorte de descobrir o phooning.
O phooning é uma fotografia tirada a alguém na posição que se exemplifica na fotografia que acompanha este post. É uma prática divertida ao mesmo tempo que se pode utilizar a imaginação duma forma inesgotável. Até se pode aplicar em casamentos, tornando as sessões fotográficas uma festa.
Conto, ao longo dos próximos dias, partilhar aos poucos esta minha nova paixão convosco.
Tinha uma namorada há uns anos que passava a vida a fotografar as coisas. Mas não era capaz de fotografar sem uma figura humana ao lado. Dizia que gostava de recordar as pessoas e os sítios por onde passou ao mesmo tempo. “Oh Hugo põe-te aí ao lado dos Jerónimos, se faz favor! Vá lá não sejas parvo! Vá lá sorri. Merda, é sempre a mesma fita.” Nunca entendi a obsessão, aliás acredito que a minha presença só servia para lhe estragar as fotos. Acabámos pouco tempo depois quando uma amiga intima dela lhe disse, depois de me ver ao lado duma anta: “Olha lá, quem é este gajo, dentolas, cabeludo, caixa de óculos, barbudo e magricela que aparece ao lado dos pedragulhos?”
A minha irmã então é inacreditável. Todas, mas mesmos todas as fotos que possui são tiradas com ela sempre, mas sempre, na mesma posição. O que muda é o cenário. Parece a cena do O fabuloso destino de Amélie em que um anão de jardim aparece em dezenas de fotografias com uma cidade atrás de si, dando a ideia de ser um anão de jardim extremamente viajado.
Mas tudo isto tudo acabou porque tive a sorte de descobrir o phooning.
O phooning é uma fotografia tirada a alguém na posição que se exemplifica na fotografia que acompanha este post. É uma prática divertida ao mesmo tempo que se pode utilizar a imaginação duma forma inesgotável. Até se pode aplicar em casamentos, tornando as sessões fotográficas uma festa.
Conto, ao longo dos próximos dias, partilhar aos poucos esta minha nova paixão convosco.
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