segunda-feira, junho 27, 2005

Finalmente cartas insultuosas

Não há nada como um gajo acordar, ir ao mail e receber um insulto destes:

Pior que o casamento é mesmo ser-se importunada periodicamente por um tipo, que outrora se fazia passar por um mero insecto inofensivo e quase que até era agradável e divertido, que hoje em dia ascendeu à condição de melga. Nada como ser-se promovido. O gajo podia ser melga apenas enquanto desempenhava as suas funções no local de trabalho, em horário de expediente, pois até foi para isso que o promoveram. Mas ele não se consegue conter, trata-se de uma espécie qualquer de incontinência. Ainda por cima com repercussões sociais. O "melgas" entende que, dando a conhecer ao mundo que ascendeu um degrau na categoria profissional, lhe proporciona outro "status". Então, pavoneia-se pelo seu círculo de amigos, conhecidos e afins apenas com o objectivo de mostrar e demonstrar que já é "melga"!
A prova do seu estado melgante é realizada pública e periodicamente, convidando as pessoas de bem a visitarem um sítio apelidado de "Desordem".
O que potencialmente poderia ser, não digo um palácio cibernético, mas pelo menos um local despretensioso, simples e agradável, onde, ao fim de um dia de trabalho se poderia descansar a vista e renovar conhecimentos, perde logo a credibilidade com o nome com que o localzinho foi abençoado.
Pior mesmo é a maçada de se ser constantemente massacrado pelo tipo melgante, que nos arrasta, pelo menos semanalmente para visitar aquela coisa, a "Espelunca Pantanosa" (seguidamente designada por E. P.).
Quer-se dizer... uma pessoa até que fazia o esforço passar por lá. Tem-se pena do tipo, anda p'ra'li a escrever baboseiras, que nem um computador quando se lhe põe qualquer coisa em cima do teclado sem querer e desata numa lufada violenta e incessante de projecção de caracteres no écran. A sorte é que pelo menos a "Espelunca" não é tão barulhenta como o computador e não fura os tímpanos. Deus seja louvado! Mas é melhor não lhe dar ideias. Ele já as tem mais que suficientes. Mas o que nos retrai é a ignorância que forra todo o espaço.
Mal se entra naquela coisa espeluncosa é logo desastroso. Assim, como quem abre uma porta e se depara com uma escadaria às escuras. Uma pessoa sem dar conta vai logo aos rebolões por ali a baixo, sem se saber de que terra é! Acontece o mesmo na E.P..
A ignorância ali encontra-se amontoada aos pacotes de 5 quilos cada. E, aproveitem, pois lá não há rotura de stock. A ignorância é permanente. Adere às paredes do site como um pega-monstro com cola araldite (passe a publicidade...).
Pelos visto as características adesivo-colantes não são pertença única do "melgas". A cola escolhida para fazer agarrar com unhas e dentes a ignorância às paredes do sítio é de boa qualidade. Haja algo positivo no meio disto tudo. Parabéns!
A realidade é cruel, como é que é possível ver um insecto com tanto potencial tornar-se numa melga 24horas por dia? O pessoal já comenta: "O gajo é workaholic! O tipo tá agarrado... só pode!".
Eu diria antes que quem nos agarra é ele. Pior que ser melga é ele engordar e tornar-se sanguessuga. Chiça! Aí tava tudo lixado.
Voltando à ignorância, ou para ser simpática, à lacuna de conhecimento, é inacreditável como é que aquela cabecinha de alfinete tem tanto espaço para folgas. Sim, o que são lacunas, afinal? Espaço vazio num interior dum corpo. Correcto?
Não sei se o psiquiatra iria resolver o problema, mas enquanto não se lhe arranja um tratamento adequado há que tomar uma atitude. Fazer-se uma vaquinha e oferecer um dicionário ao gajo. Então não é que o artrópode não sabe o que é a fisioterapia vaginal?
Bem... a ignorância não é pecado e a honestidade é uma virtude (caída em desuso, bem sei, mas mesmo assim não deixa de ser uma virtude...). O gajo até que é um insecto honesto.
Enquanto o dicionário chega e não chega aqui vai uma pequena explicação. A “arte do bem explicar” é incutida durante as sessões intermináveis de cursos intensivos ministrados gratuitamente nas diversas Empresas Públicas (que por coincidência têm as mesmas inicias que a “Espelunca Pantanosa” – E. P.) aos seus mais fiéis e fervorosos utentes.
O que é afinal a “Fisioterapia Vaginal”?
Fisioterapia vaginal significa: tratamento da vagina por meio de agentes físicos e naturais.
Dado que hoje estou em "dia sim" resolvi exceder-me e fornecer uma explicação adicional... contrariamente aos ensinamentos das E. P., cujo o lema é (e bem!) explicar o mínimo possível.
Vagina: canal do aparelho genital dos mamíferos-fêmeas que se situa entre a vulva e o útero
(Se não sabes o que é a vulva e o útero vai para a maternidade cuscar a conversa dos outros ou então espera que te ofereçam um dicionário). Quando se vai a uma E. P. também é assim. Respondem-nos rudemente com uma definição qualquer emproada e aparentemente correcta. Contudo, somos perturbados por uma inexplicável sensação de que nada de novo se acrescentou ao nosso conhecimento. Mas não se consegue de imediato reagir. Como se nos dessem um presente e ainda estamos na fase do desembrulhar. Só mais tarde quando o presenteador não está presente é que o presenteado se apercebe que o dito presente, por sinal principescamente embrulhado se encontra vazio. Na prática ninguém sabe o que significam certas coisas, ninguém as sabe aplicar. Não quer dizer que não se apliquem. O que quer dizer é que ninguém sabe como se faz. Afinal para que nos serve a imaginação? Foi assim que se inventou o fogo e a roda, e o Multibanco.
A propósito dos inventos. Qualquer dia inventam também uma “fisioterapia ao pénis”, (que é como quem diz: “fisioterapia do caralho”!) dado que os homens-papás também têm direito a uns diazitos de licença por motivo de nascimento da sua cria, também, num futuro, esperemos que próximo, poderão exercitar naturalmente o seu pénis, como recuperação do parto da mulher. Especialmente para os homens que assistem ao parto e que caiem redondos no chão, por motivo de desmaio. Se vão de frente, “trungas”, o pénis é capaz de ficar amachucado, especialmente se o chão for de pedra. Por isso… não se admirem de um dia aparecer o “melgas” em mais um momento de ignorância a queixar-se publicamente na sua querida “Espelunca Pantanosa” que nunca tinha ouvido falar na “fisioterapia do caralho”.
Enfim! À laia de conclusão é realmente uma pena que as gentes se dirijem à Espelunca Pantanosa não o façam por desejo mas por obrigação. Temos que nos unir e tratar o “melgas” que só pensa em trabalhar, que é como quem diz, só pensa em melgar. Ele também precisa de terapia, não é só a vagina da outra senhora. Ele tem de aprender a distinguir a hora de ser melga da hora de ser um insecto como os outros. Nem é por ele... Pois quando morrer vai de frente, como diz o povo!

Assinado:
A amiga Ave!