quarta-feira, setembro 29, 2004

Agenda televisiva

O Desordem tem o dever, como Blog de notícias totalmente inúteis, de informar os seus queridos leitores, das actividades culturais que considere pertinentes para a formação dos mesmos. Uma vez que dá muito trabalho sair do sofá, e que a televisão é o meio mais barato para se ser feliz, cá vai a sugestão da semana.
Para quem tem acesso aos canais da televisão por cabo, a SIC Radical começou a transmitir, desde de ontem, duas das melhores séries cómicas alguma vez produzidas. Apesar de serem bastante diferentes e de se destinarem a públicos diferenciados, são dois marcos incontornáveis do início dos anos 90.
Portanto, todos os dias, a partir das 23:00, poderão os interessados e desinteressados assistir a Seinfeld e Parker Lewis Can´t Lose. O horário, infelizmente, coincide com as novelas dos outros canais, mas mesmo assim...
O Desordem aconselha, pelo menos, claro está, até começar a tão esperada Quinta das Celebridades.



Cartas dos Leitores

Como qualquer periódico que se preze, também o Desordem se iniciou na tarefa de revelar as opiniões dos seus leitores. Por isso, sempre que algum dos assíduos deste canto, quiser revelar a sua opinião sobre o que quer que seja, poderá fazê-lo através do mail do editor. A saber: hugomcarvalho@sapo.pt
Para já, segue a carta enviada pela nossa leitora Mariana Carvalheira que, apesar de ter emigrado, não deixou de pensar nos que lhe querem bem. Queria apenas que notassem no entusiasmo e na autenticidade da sua missiva.

HUGUITO,
ANTES DE MAIS, MUITOS PARABÉNS pelo BLOG.
Ontem acabei por não ter tempo de ler as últimas.
Tu tens mesmo jeito, estou à 1/2 hora a rir, já não aguento mais, desde o bife da Mila ao bebé da Sandra, mais a família Martelo, não sei quais é que estão mais bem apanhados, TÁ LINDO (a pessoa que está aqui na sala, não está a perceber bem, porque eu já chorei de tanto rir).
Acho que devias mesmo era dedicar-te mais à escrita, está demais!!!!!
Mariana Carvalheira, Lisboa

terça-feira, setembro 28, 2004

Louras e Pretas

Por vezes intriga-me a publicidade que se faz hoje. Estive a ver com atenção, apesar de ser um anuncio extremamente simples, a campanha de marketing da cerveja Sagres. Eu não sei quem foi o responsável por aquilo, mas a ideia que fica, e que é transmitida a milhares de pessoas, é que a cerveja em questão é tão boa, que qualquer homem a prefere à companhia duma Super Modelo. E na minha singela opinião, chamar à Daniela Cicarelli Super Modelo é pecar por defeito.
Já tive algumas namoradas e, como seria de esperar, nenhuma delas chegou fisicamente perto daquilo que é o corpinho da Brasileira. Também já bebi muita cerveja e sou daqueles sortudos que já teve a oportunidade de ir a Praga. No tempo em que lá estive, confesso, bebi algumas litradas do néctar e quer acreditem quer não, não há no mundo líquido tão bom como aquele.
O que os criativos da agência de publicidade responsável pela propaganda da Sagres ingenuamente afirmam é que, em Portugal, os homens preferem uma cerveja a uma mulher. Como homem e português fico indignado. Salvo algumas excepções óbvias, não conheço nenhum macho que prefira uma cerveja a uma mulher. Felizmente que a propaganda é para consumo interno e o mal que esta faz à dignidade nacional masculina fica entre fronteiras. Mas para quem está de passagem, deixo o meu aviso: - Os portugueses não são maricas e, inclusivamente, cospem no chão e coçam os tomates quando sentem vontade. Também bebem muito, é verdade, mas fazem-no para atrasar consideravelmente o orgasmo. Não confundir, portanto, as intenções da bebedeira.
Isto tudo a propósito do desconforto que sinto, quando alguns empregados de mesa brasileiros olham para mim de soslaio sempre que, inocentemente, peço uma imperial.
Mas olhem bem para a foto que vos deixo. A sério, topem lá a cena. Acham, porventura, que existe algum homem capaz de descartar, de bom grado, a senhora na imagem por uma bojeca?

segunda-feira, setembro 27, 2004

Metro e CP oferecem livros

Na tentativa de arranjar novos passageiros, CP e Metro uniram esforços para, em conjunto, delinearem uma nova política de Marketing. A reunião que ontem teve lugar no Hotel Tivoli, contou com a preciosa participação do Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, António Mexia. A presença do Ministro foi de facto, segundo algumas fontes, preciosa num primeiro instante, uma vez que havia uma cadeira que estava vaga e era necessário ocupá-la para que se pudesse dividir a despesa por mais um. Mas a ideia de o convidar manifestou-se rapidamente despropositada, tendo em conta que foi dos participantes que comeu mais salgadinhos durante a hora da pausa para café, fazendo com que a conta disparasse consideravelmente.
Para o Presidente do Metropolitano de Lisboa, Carlos Alberto Mineiro Aires, o balanço é positivo: “A solução encontrada partiu da observação do comportamento dos nossos clientes enquanto viajam. Manifestamente a decisão não poderia passar por um rebaixamento de preços, aliás nem fazia sentido, tendo em conta o preço do petróleo.”
Para o Secretário de Estado dos Transportes, Francisco Manuel Seabra Ferreira, a melhor ideia seria quadruplicar o preço do imposto de selo, mas o seu modelo não apaixonou os outros participantes.
Em contrapartida, o consenso foi o de oferecer o livro de Dan Brown, Código Da Vinci, a todos os passageiros que comprem um conjunto de 10 bilhetes. “Notamos que as pessoas gostam de ler nos transportes e por isso, nada mais natural que oferecer um livro para que as mesmas se sintam melhor durante o trajecto que fazem de casa ao emprego.”

O problema foi o de escolher o livro a oferecer. Vários nomes estiveram em cima da mesa segundo o que o Desordem conseguiu apurar. A romancista Margarida Rebelo Pinto foi a que obteve maior numero de votos, mas a escritora recusou-se a aceitar que o seu livro fosse lido nessas condições. “Para se ler os meus romances é necessária uma total concentração, e não me parece que um transporte público seja o sítio apropriado. Além do mais, os meus leitores não andam de Metro.”
O segundo nome a vir à baila, foi o do comentador televisivo Miguel Sousa Tavares, mas relatos recentes deram conta que, alguns passageiros adormeciam com alguma facilidade ao lê-lo, quer nas suas crónicas semanais que escreve no jornal Público, quer no seu mais recente trabalho, Equador. Tornou-se mesmo comum ver pessoas a dormir com o livro aberto nas carruagens, fazendo várias viagens sem pagar e, muitas vezes quando acordavam estavam novamente na estação de origem.”
O prémio Nobel da Literatura, José Saramago foi o escolhido por António Mexia, mas a experiência do ano em que recebeu o tão importante galardão, deu indicações claras que os utentes do serviço público de transportes só lêem, quanto muito, o primeiro capítulo.
Outro escritor ainda falado foi Nicholas Sparks, mas só a pronuncia do seu nome deu azo a um embrutecimento colectivo que ia acabando à pancada.
Restou pois Dan Brown que não teve nenhuma oposição dos intervenientes da reunião. O livro vai começar a ser distribuído no próximo mês em todas as bilheteiras do Metro e Caminhos de Ferro.


Louvre compra obra-prima

Martinha vendeu finalmente, a sua obra-prima, Ursinho a patinar em dia de inverno, ao maior e mais prestigiado museu do mundo. As negociações correram com algumas limitações, uma vez que a artista acabou por adormecer subitamente a meio das conversações. O responsável máximo pelo museu, Henry Loirette, mostrou-se visivelmente feliz após o acordo com a portuguesa. “Sim, é uma honra poder ter, aquele que é considerado o ponto máximo da arte do princípio do Século XXI. Ainda não estou em mim.” Quanto aos valores do negócio, mostrou-se, como seria de esperar, relutante em comentar. “Isso é o menos importante, o que interessa é que o Louvre pode mostrar a todos os franceses e cidadãos do mundo, uma peça admirável e cheia de talento. Martinha sempre foi um dos grandes nomes da cultura portuguesa, e tenho pena que no seu país de nascimento não lhe tenham feito a devida justiça.”
Nenhum trabalho da artista, recorde-se, foi alguma vez comprado por uma organização estatal ou mesmo particular de nacionalidade portuguesa. Os preços que Martinha pede, para vender as suas magníficas obras, são incomportáveis para com o nível de vida português. Pedro Lapa, Director do Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, desabafou aos microfones do Desordem: “Não compreendo a relutância que ela tem em vender os seus trabalhos para Portugal. Compreendo que os valores que recebe são muito altos e que no fundo, vende à melhor oferta, mas podia ser mais condescendente com os museus nacionais. Repare, uma pessoa se quiser ver por exemplo, o Patinhos à beira mar, tem de se deslocar a Nova Iorque. Ou então, no caso do meu preferido, Passarinho Piu Piu engaiolado, tenho de me deslocar a Londres. O problema também é que nenhuma reprodução das suas obras consegue demonstrar o talento e a magnificência de Martinha. Só de pensar nisso fico com pele de galinha.”
Para a crítica de arte do jornal Público, Kathleen Gomes, os bordados de Martinha são duma sumptuosidade extrema. “Tudo se conjuga numa harmonia indómita. As suas peças são como uma presença mesclada de puerilidade e ambivalência naturante ou naturalista se preferir. Ver uma obra dela é uma experiência beatificatória e que não deve ser, de todo, ignorada.”
O Desordem tentou, junto da artífice, escutar alguns comentários a este assunto. A única coisa, no entanto, que conseguimos, foi a sua voz, manifestamente irritada e incomodada com a nossa presença: “Mau! Mau! Mau! Mau! Mau! Mau!”

O Ministério da Cultura, está a preparar neste momento um livro intitulado, Dedos perfurados, que pretende ser uma antologia de tudo o que a artista fez ao longo da sua vida, desde da sua tenra idade, até aos dias de hoje. Neste volume, irá ser também publicada uma entrevista que este nome incontornável da cultura portuguesa deu a Carlos Castro. Nela se fala sobre a vida, os amores, e o futuro. Este tomo tem a colaboração de Leáh, sua agente, que a tem acompanhado na sua carreira artística desde os tempos mais remotos. Esperemos então até à data de publicação para conhecer o talento e a pessoa de Martinha Lambreta.

quarta-feira, setembro 22, 2004

Bebés, Bifes e Lutadores

Sempre me fez confusão essa história das mães andarem para aí a dizer, à boca cheia, o peso com que as crias nascem. Pronto, tudo bem, eu até aceito que um médico precise desses dados, e que, eventualmente os pais também, mas agora familiares e amigos...
Qualquer dia, e em jeito de vingança, aquando do óbito dos progenitores, os filhos começam todos a dizer o peso dos pais no velório. “Foi um pai fantástico, morreu de Cancro de Pulmão e tinha 60 Kilitos. Nada mau heim?!”
Nunca concordei com a categorização através do peso. Por exemplo, no Boxe, onde os lutadores ganham e perdem peso a seu bel prazer. É o regabofe, cada um luta na categoria que lhe for mais conveniente de forma a poder vencer o maior numero de combates. Ora, grande verdade desportiva...
Esta história faz-me lembrar as idas à Cervejaria Ibéria com a Mila. Uma pessoa pede um bife de 200 Gramas, mas ela pede sempre um de 180, porque ao que parece, a última garfada dificulta-lhe a digestão. Depois fica a olhar para o bife dos outros. “Se soubesse tinha pedido um igual ao vosso.”

terça-feira, setembro 21, 2004

A verdade está algures

Apesar da muita especulação que rodeou o nascimento da filha de Sandra, Rafaela de seu nome, o Desordem pode assegurar finalmente, que o tão esperado rebento nasceu de boa saúde e que afinal, ao contrário do que inicialmente se previa, não vem de Marte. Um lamentável boato que circulou boca a boca e também em alguns sites na Internet, atribuía ao bebé, o monumental peso de 4 quilos e seiscentas e o imponente comprimento de 60 Cm. Muitos foram aqueles que acreditaram poder ver, na maternidade do SAMS, a primeira evidência de vida alienígena, mas depois de se aperceberem que as notícias vindas a público eram incorrectas, resolveram manifestarem-se à porta dessa tão afamada fábrica de desova, de forma a poderem ser reembolsados, pelo menos, das despesas que tiveram em flores e viagens.
Alípio da Silva, agente da PSP destacado para o efeito, diz que “As pessoas, coitadas, já acreditam em tudo. Tinham aqui a perspectiva de se pirarem deste país medíocre e retrograda. Muitas delas tinham mesmo vendido tudo o que tinham para poderem financiar uma possível viagem para outro mundo, agora vêem-se sem nada e já não sabem o que fazer. É uma calamidade social.”
A criança nasceu afinal com 43 cm, dentro, portanto, da média europeia, mas a exposição que teve ultrapassou, segundo alguns estudos feitos recentemente, o nascimento de Marquinho, rebento da Marta e do Marco, ex-concorrentes do Big Brother.
Maya, taróloga, cartomante e o que mais entender, já deitou as cartas e assegura que “Rafaela vai ter alguns problemas em aceitar, de bom grado, o nome que lhe foi imposto, mas que, depois de se habituar a esse contratempo, vai ter uma vida proveitosa e cheia de sucessos.” Maya, de forma a evidenciar a sua sapiência por assuntos que a transcendem, deixou escapar: “A palavra Rafaela vem do hebraico e significa, curado por Deus, o que Deus curou. Portanto é de prever uma vida tranquila, principalmente em matéria de saúde física e mental.”

Seja como for, a comunidade cientifica começa agora a debandar de Lisboa e o espaço circundante à maternidade vai retornando à normalidade. Muitas foram as personalidades que tentaram acompanhar o desenrolar dos acontecimentos. Chris Carter, criador da série de televisão dos anos 90, Ficheiros Secretos, deslocou-se a Lisboa no sentido de recolher dados para a história do segundo filme da dupla Scully/Mulder, mas recusou-se a falar para a imprensa.
Por seu lado, o Dr. lloyd Pye, especialista em ufologia e um dos maiores defensores da teoria da intervenção externa na criação de vida na Terra, falou com o Desordem: “Olhe, nem acredito no que vi. Rafaela é um bebé perfeitamente normal, nada portanto, do que eu estava à espera. Mas agora estou mais preocupado com o meu regresso.”
Muitas das pessoas provindas dos Estados Unidos que se deslocaram a Portugal regressarão ao seu país de origem num voo charter da companhia de aviação Yes, de forma que a apreensão dos passageiros é evidente e indisfarçável, remetendo para segundo plano o nascimento da Rafaela. Manoel Torres, nomeado recentemente presidente da administração da companhia, disse ao Desordem que “Não existe motivo para alarme, o único avião disponível esteve a noite toda em reparações, por isso não vai haver problemas. Tivemos de substituir algumas peças, mas tudo correu bem. As pessoas têm de compreender que a Yes é uma companhia segura e fiável.”
Polémicas à parte, toda a redacção do Desordem felicita a mãe do benjamim e deseja-lhe, como é lógico, toda a felicidade do mundo.

quinta-feira, setembro 16, 2004

Bruno entra na faculdade e agradece ao pai o feito

Bruno Martelo, filho do maior ciclista de todos os tempos entrou em Economia no ISCTE. Já se esperava o acontecimento, mas a precaução fez com que a família aguardasse a confirmação oficial. Os recentes acontecimentos com a colocação dos professores, fizeram com que o clã Martelo duvidasse da clareza dos resultados do Ministério da Educação e, portanto, só pôde respirar de alívio depois de ver, com os próprios olhos, o tão esperado desenlace.
Um exame imparável a matemática foi a razão do sucesso. Segundo Bruno: “Devo tudo ao meu pai, foi ele que durante oito meses abdicou do ciclismo e das medalhas para me ajudar a passar no exame. Sei que ele fez um esforço tremendo, que perdeu noites a ensinar-me a calcular as raízes cúbicas e os senos, mas hoje sinto-me muito orgulhoso dele e também, porque não dizê-lo, de mim e do meu resultado.”
Para Clara Martelo o alívio veio do bolso. Pois um possível erro nos cálculos do filho e o casal seria obrigado a desembolsar uma verdadeira fortuna para poder pagar um ensino deficiente numa qualquer universidade privada. “Seria muito difícil ele não entrar. Se ele atentasse bem às palavras e aos sábios ensinamentos do pai, não havia nada a temer. Só que já se sabe, nestas idades o pensamento vai para os males do mundo e não para os deveres.”
Com este êxito, é de prever um aumento do orçamento para despesas com o estudante. Assim, farras, álcool, mulheres e discotecas serão, em princípio, as áreas fundamentais em que vai ser necessário um maior investimento. Bruno não esconde a apreensão: “Espero que agora haja compreensão para com as minhas necessidades e que não me sejam negados princípios básicos como gasolina, roupa de marca e tecnologia.” Quanto ao estudo propriamente dito, Bruno não faz demagogia: “O meu pai e a minha mãe têm de compreender que os resultados não aparecem do céu. Um jovem tem de se entrosar na comunidade universitária feminina e isso acarreta custos. É sabido que as mulheres são os melhores alunos e que tem de ser com elas que me devo acompanhar para beneficiar da sua sabedoria. Ora já lá vai o tempo em que elas acreditavam em promessas. Agora os tempos são outros e a concorrência é grande e como se prevê, a companhia feminina provoca sempre grandes gastos.”
Andrade, contactado pelo nosso Blogue, esclareceu que “Temos de ser coerentes, e compreender que estamos em crise. Temos de lhe passar a ideia de que não podemos embarcar em pretensões irrealistas. Não podemos falar em aumentos sem haver primeiro produtividade e resultados. Isso está fora de questão.”
No entanto, já em Off, pareceu-nos claro que esta nova situação familiar vai originar uma possível aceitação do atleta à participação no programa Quinta das Celebridades. O mais do que evidente colapso da classe média portuguesa, promovido pelo actual governo, obriga o chefe da família Martelo a equacionar o seu futuro e, porventura, a colocar um ponto final na carreira de ciclista. Parece certo que a prioridade é o bem estar de Bruno.

quarta-feira, setembro 15, 2004

Cartoon

Também o Desordem já se modernizou. Para isso contamos com a preciosa colaboração dos mais prestigiados cartoonistas do mundo. Não sei porquê, mas acho que um pouco de humor neste blogue isento de ideias, até lhe pode dar um certo ar distinto. Começamos com a visão do futuro das estradas nacionais e de como Pedro Santana Lopes quer estruturar a sociedade portuguesa com a sua magnífica ideia do utilizador pagador. O artista é Laerte, um dos principais colaboradores da já extinta Chiclete com Banana e, para o caso de serem pitosgas, e não conseguirem ler as palavras do desenho, além de vos aconselhar a marcação duma consulta com o oftalmologista, podem sempre clicar com o botão esquerdo do rato para a imagem aumentar.
Espero que gostem porque a piada custou-me um balurdio. Se por acaso soltarem uma gargalhada devem-me um almoço. O princípio do utilizador pagador aplica-se também neste cantinho.

terça-feira, setembro 14, 2004

Madonna faz birra e cancela espectáculo de hoje

O cancelamento do mais aguardado espectáculo musical do século, está a deixar milhares de pessoas consternadas, principalmente aquelas que pagaram quantias exorbitantes pelo concerto. Contactado pelo Desordem, o promotor do evento, Ricardo Casimiro, assegura a devolução das verbas gastas pelos fans da artista, mas que por enquanto ainda é demasiado prematuro falar no cancelamento: “Vou fazer todos os possíveis para que Madonna cante mais uma noite e que prossiga, sem problemas, a gravação do DVD Re-invention Tour.”
Por detrás de tudo isto, parece estar Fábio, um dos mais cobiçados metrosexuais da Europa. Segundo relatos dos vizinhos, Madonna esteve ontem, depois do primeiro concerto, à porta de Fábio para falar com ele. Como este não se encontrava no seu apartamento, a cantora decidiu esperá-lo noite adentro. A espera foi demasiado longa e isso motivou alguma impaciência por parte da compositora, que decidiu tocar a todas as campainhas do prédio e gritar, em completo desespero, o nome do ausente.
Segundo os moradores, Madonna fumou sem parar e durante alguns momentos chegou a chorar compulsivamente. Os residentes do bairro já têm alguma experiência com músicos, uma vez que assistiram de perto ao desenrolar do maior festival de música alguma vez organizado em Portugal. Falamos evidentemente do Rock in Rio, onde o desentendimento com alguns membros dos Metallica levou a que os ânimos aquecessem. “Não deixavam dormir ninguém. Foi a noite toda Pum, Pum, Pum. Uma vergonha. Ainda o melhor foi o Sr. Represas, que é muito simpático. Aquilo é que é um músico, começava a cantar e dez minutos depois já todos nós dormíamos em paz. Ainda foi a nossa safa, se não passávamos o fim-de-semana sem pregar olho.”

Passado à parte, Fábio apareceu logo pela manhã acompanhado pela sua actual namorada. Diz quem viu, que esta não terá gostado de ver a estrela Pop por aquelas bandas e, a partir daí, sentiu-se uma forte tensão entre as duas mulheres, nomeadamente quando Fábio decidiu ignorar a norte americana. Madonna terá ficado histérica, rasgou a T-Shirt que envergava, com a inscrição “Fábio do it better” e não se cansou de repetir “why babe, why, why.” As intervenientes travaram-se de razões e foram muitos os arranhões que se traçaram nos braços de ambas. Para o Zé Marvilas, que não é da zona, mas que mora por lá perto, a senhora até parecia possuída. “Olhe que eu, graças a Deus, já tive muitas mulheres, das mais ciumentas às mais cabras, mas nunca nenhuma me fez uma cena destas. Se fosse comigo dava-lhe uma berlaitada que a partia toda. Partia-lhe os dentes de tal maneira que nunca mais me havia de querer ver à frente. Agora aquele gajo fica ali, no meio das duas, sem dizer nada. Chiça, até parece que é paneleiro. Se há coisa que detesto é panilas. Tens para aí alguns trocos?”
Quem parece ter ficado a perder com todo este imbróglio foi, em primeira análise, o público português, que em princípio ficou sem o segundo concerto, mas também Fábio que perdeu tanto a namorada como a amante. O marido da rainha do Pop, o realizador Guy Ritchie, por seu lado, vai apresentar nos próximos dias o divórcio, escusando-se compreensivelmente, a qualquer comentário sobre a sua vida pessoal.
Quanto a Fábio pouco se sabe, mas um conhecido disse-nos que o já tinha visto em boa companhia e que este incidente não alterou as suas capacidades conquistadoras.



segunda-feira, setembro 13, 2004

Famosos reagem

Como foi anunciado há duas semanas pelo Desordem, o convite para a participação de António Andrade no programa da TVI, Quinta das Celebridades, ainda não teve uma reposta positiva por parte do ciclista. No entanto, e apesar do silêncio do visado, os outros possíveis concorrentes já comentaram o convite de José Eduardo Moniz.
Para Cinha Jardim, que bem tenta a todo o custo conseguir um homem que ature e perceba o seu vazio intelectual, reagiu de forma positiva à notícia: “Fico contente por saber que finalmente foi convidado um Homem para dentro da Quinta. Estava preocupada pelos espécimes que convidaram até ao momento, mas vejo que finalmente alguém percebeu o défice de masculinidade que estava a haver na selecção.” Estas palavras foram vistas como críticas aos outros possíveis participantes. Como se sabe, até ao momento, foram confirmadas as participações de José Castelo Branco, Zézé Camarinha, Cláudio Ramos e Avelino Ferreira Torres, embora não se saiba até ao momento, se este último nome participará como concorrente ou animal. A segunda opção parece bem mais indicada, atendendo não só à sua personalidade bem como ao seu comportamento.
ZéZé Camarinha, contactado pelo nosso Blog, deixou fugir a sua opinião: “Digo que é complicado aturar o maricas do Castelo Branco, mas também lhe digo que não tenho a certeza absoluta das tendências desse ciclista de trazer por casa. O que sei, e o que li nos jornais e revistas, é que esse fulano gosta de receber massagens de homens nos pés e isso para mim diz tudo.”
Para Maya, astróloga, taróloga e o que mais achar por conveniente, diz que apoia a entrada do atleta nacional: “É sempre um prazer trabalhar com alguém tão sexy. Não me importava nada de lhe deitar as cartas todos os dias. O problema é a idade, prefiro os mais novos.”
Já para José Castelo-Branco, o facto de António Andrade pertencer à plebe é visto com maus olhos: “Não tem classe. Tem pêlos no peito, um fio de ouro ao pescoço que já não se usa, e um cabelo vulgar e ordinário. Acho que deviam ter mais atenção às pessoas que chamam. Vai ser difícil conviver com gente desse tipo.”

O Desordem não conseguiu ainda ouvir António Andrade que continua incontactável. Fonte próxima informou-nos que a hipótese mais provável é a entrada do ciclista no programa. Mas que ainda está dependente da opinião da família, principalmente do filho, que está na idade das primeiras namoradas, e um comportamento menos digno do pai no concurso, pode-lhe destruir um engate.