quinta-feira, abril 28, 2005

As piores de sempre

Chegou á redacção do Desordem um interessante mail da nossa querida leitora Susana Silva Figueiredo de Vila Franca de Xira, que nos dá conta das piores piadas do mundo. O objectivo da leitora parece claro, provocar-me porque sabe que detesto anedotas e descobrir se somos capazes de descer a fasquia de qualidade até níveis nunca antes revelados neste espaço. Pois minha cara, fique sabendo que de nós é de esperar o pior, e que a qualidade da nossa imaginação é tão má, que o mail que nos envia até nos pode servir de inspiração para um futuro mais radioso. Seja como for, ainda é um mistério para nós a evidência de haver tantas pessoas a entrarem semanalmente neste blog para ler o que escrevemos. Mas elas lá sabem.
Nós, que o fazemos, não perdemos tempo inutilmente.

Dois litros de leite atravessaram a rua e foram atropelados.
Um morreu, o outro não, porquê?
- Por que um deles era Longa Vida.

Porque é que o elefante não pega fogo?
- Porque é cinza.

O que é que a galinha faz na igreja?
- Assiste à Missa do Galo.

Como é que as enzimas se reproduzem?
- Fica uma enzima da outra.

Por que a Coca-Cola e a Fanta se dão muito bem?
- Porque o que a Fanta parte, a Coca Cola!

Por que o galo canta de olhos fechados?
- Porque ele já sabe a letra da música de cor.

Porque é que o Batman colocou o Batmóvel no seguro?
- Porque ele tem medo que Robin.

Como é que o Batman faz para que abram a Bat-Caverna?
- Bat-Palma.

Como se faz uma omeleta de chocolate?
- Com ovos de Páscoa!

Por que é que na Argentina as Vacas estão sempre a olhar pró céu?
- Porque há Boi nos Ares.

Para que servem as lentes de contacto verdes?
- Para verde perto.

Para que servem as lentes de contacto vermelhas?
- Para vermelhor.

Por que é que a mulher do Hulk se divorciou dele?
- Porque queria um homem mais maduro.

Por que o crocodilo tirou o crocodilinho da escola?
- Porque ele ia réptil de ano.

Já ouviu falar da piada do fotógrafo?
- Ainda não foi revelada.

Sabe qual a diferença entre uma lagoa e uma padaria?
- Na lagoa há sapinho, e na padaria, assa pão.

O que é que um cromossoma diz a outro?
- Cromossomos bonitos!

quarta-feira, abril 27, 2005

Boa Mesa II - Patos

Voltamos às anedotas, recurso humorístico que não aprecio particularmente mas que, quando escrito por mim, ganha um significado especial.
Recebemos, depois de termos publicado a formidável história do espargo e da lula, cartas encorajadoras para que persistamos em graçolas deste tipo. É que, além de ter aberto o apetite ás crianças, foi também tema primordial de conversa dos adultos nas mesas dos melhores restaurantes do país. Houve mesmo, imagine-se, chefes de cozinha que se sentiram obrigados a incluir no Menu a receita adiantada por nós de forma a poder corresponder ás inúmeras solicitações de clientes loucos por comilança. Esta gente gosta é de comer e mais nada.
Atendendo, pois, ao merecido sucesso do post supra-referido (desculpem, mas por motivos profissionais, não consigo passar uma hora sem escrever esta palavra, supra-referido para aqui e para ali) repetimos a dose, desta vez com patos.

Anedota:
Estão dois patos em pleno esforço a jogar Ping Pong.
Uma pata boazona, sem qualquer relevância para o desenrolar da piada, aparece e pergunta como está o resultado do jogo.
Respondem os patos ofegantes: - Estamos empatados.

Explicação:
O pato é uma ave, mas uma ave muito especial. É que além de voar gosta muito de nadar também. Por isso tem umas patas curtas com membranas. A membrana é uma pele entre os dedos que o ajuda a mover-se dentro de água e que o faz nadar muito depressa. Também é o sítio do pato onde se acumula mais sujidade.
O bico também não é igual ao das outras aves que não são aquáticas. É espalmado e comprido, dando-lhe um aspecto divertido. A maior parte dos patos gosta de viver em água doce, alimentando-se de invertebrados (insectos, minhocas e bichinhos do género) e de matéria vegetal (ervas e plantas). Sabia que apesar de todos gostarem de água, existem alguns patos que preferem alimentar-se à superfície e outros que mergulham para obter o alimento?
A fêmea tem o corpo em vários tons de castanho e o bico mais escuro. É óbvio que existem muitas outras espécies de pato. Mais claros, mais escuros, maiores e mais pequenos. Mas onde se nota mais a diferença é nos seus bicos.
Por exemplo, há um pato que tem o bico largo em forma de colher que serve para retirar os insectos da água.
O pato foi domesticado pelo Homem há muitos milhares de anos. Usam-no pelos seus ovos, pelas suas penas e plumas quentinhas, e também pela sua carne saborosa.
Infelizmente, o pato selvagem é um alvo de caça muito procurado e por isso muitas espécies estão em extinção.

Receita:
Pato com Laranja
1 pato
2 laranjas
1/2 colher de sopa de açúcar
sal, pimenta a gosto
50 ml de vinagre
50 ml de caldo de galinha
sumo de 1/2 limão
1/2 colher de sopa de fécula (se não souber o que é vá ao dicionário ver que eles lá explicam)

Retire a casca cor de laranja à laranja e depois a casca branca. Vai dar um trabalho do caraças e por isso mais vale pedir ao seu marido para o fazer.
Corte a casca de laranja em tiras e escalfe-as durante 5 minutos em água a ferver.
Passe-as por água fria. Atenção que não é um chá. Se quiser chã de laranja vá ao supermercado e compre um Lipton com infusão de laranja.
Ate o pato com um fio e leve ao forno, previamente aquecido. Mas isso bem atado, não se preocupe com a saúde da ave porque essa já deu o que tinha a dar.
Vire de vez em quando e deixe a assar por 3 quartos de hora. Atenção que é mesmo para virar, não se ponha a ver televisão feita parva.
Decorrido este tempo vire o pato com o peito para cima e deixe alourar mais meia hora. Aqui, nesta fase já pode ir ver a quinta das celebridades ou a telenovela, ou então telefone a uma amiga.
Regue-o com o molho que se formou.
Numa caçarola ferva o açúcar no vinagre até formar um caramelo clarinho. Junte-lhe então o caldo de galinha, as cascas escalfadas, os gomos da laranja e o sumo de limão.
Tempere a gosto e deixe que ferva 5 minutos.
Fume um cigarro.
Dissolva a fécula num pouco de água fria e junte-a ao molho. Deixe engrossar.
Regue o pato com o molho e rodeie-o com os gomos de laranja.
Chame o seu marido para jantar!

terça-feira, abril 26, 2005

Crianças manifestam-se

Foram milhões, as crianças trabalhadoras chinesas, que se manifestaram em frente à embaixada Portuguesa nesse país para pedir, encarecidamente à sociedade portuguesa, uma maior compreensão para sua precária situação laboral.
O clima tenso entre as crianças e Portugal terá começado no Euro 2004 onde, devido à loucura na compra de bandeiras a que se assistiu por parte dos cidadãos lusos, as crianças tiveram de trabalhar muito mais tempo ao que estavam habituadas além de não receberem nada por isso.
Como nos diz Lyu Ping Pong, pai dum rapaz de 10 anos que trabalha nas fábricas 10 horas por dia: “Foi uma loucura, nunca vi uma coisa destas. Tanta bandeira! Houve crianças que, com o esforço despendido, caíram redondas no chão e ficaram-se. É claro que não foi contabilizado o número de mortos, mas foram alguns. Se fossem só mulheres, ainda era como o outro, mas o problema foram os varões.”
No entanto o inferno não parou por aí. Neste momento assiste-se a uma nova loucura, desta vez graças à paranóia do florescente que tem levado milhões de portugueses às lojas para efectuarem a compra de coletes.
Xiu Xiu, mãe duma menina, teme pela saúda da filha: “Não sei o que isto vai dar, mas uma coisa lhe garanto, nunca vi povo tão estúpido.”
Na verdade tem razão. Alexandre Pereira, sociólogo formado pela distinta Universidade Independente, garante que toda esta obsessão tem uma razão qualquer, mas infelizmente não se lembra qual, mas se estivermos interessados, ele vê lá nos seus livros e amanhã (hoje) diz-nos qual é.
Mas afoito, Peter Cosmos, Sociólogo e Psicólogo de Massas, adianta aos microfones do Desordem, que Portugal está a viver o Síndrome dos animais domésticos em crise de atenção. Ou seja, uma necessidade enorme de dar nas vistas sem saber muito bem a razão. Pior de tudo e aí já se levanta a questão da sanidade mental, que aliás os animais domésticos que padecem dessa manifestação até agora não demonstraram, é que os portugueses vestem os assentos dos carros com os coletes reflectores. “E olhe que já vi viaturas com dois coletes vestidos.”
Interrogado pelo nosso blog, João Catatau, mestre em assuntos automobilísticos e de escolhas múltiplas, não tem qualquer explicação para o facto, mas avança 4 hipóteses: “A) padecimento duma deficiência cerebral, B) para identificação ao longe e, em visibilidade reduzida, da viatura, C) para poder ser usado nas discotecas e chamar a atenção do sexo oposto, D) para poder beber à vontade e não ser parado pela Polícia de trânsito.”
Venha pois o diabo e escolha.

segunda-feira, abril 25, 2005

Crónica do Diabo IV

Depois dum fim de semana em que se comemorou a liberdade e em que as bandas filarmónicas de todo o país puderam, finalmente, tocar a sua música, o Desordem voltou ao ataque e também aproveitou para dar o seu contributo para os cada vez mais frágeis alicerces da democracia e da liberdade de expressão.
Assim, aqui fica a crónica do nosso mui respeitado cronista, Paulo Rinhonha, carinhosamente protegido pela malta e que, apesar dos esforços, mais nenhuma publicação o aceitou nas suas páginas. Ao que parece dá mau nome a tudo em que se mete. Aqui no Desordem, pelo contrário, tem o seu espaço imaculado, e pode dizer o que lhe der na gana porque nós não nos importamos. Na verdade até o incentivamos.
Hoje a melhor crónica de todas. Teoriza sobre os almoços e as doses e meias doses. Aproveitando o facto, nós aqui avisamos já as leitoras, porque apesar de tudo também fazemos serviço público, se quer mesmo perder peso para o Verão, meta-se à confiança na dieta Atkins, emagrece que é uma maravilha, mas vai andar tão mal disposta que ninguém lhe vai pegar!

Boa tarde,

Com a vossa permissão e permissidade, para uma breve descrição das maldades do mundo, tomo o espaço gentilmente concedido pelo meu amigo excelso editor, grafista, anti-hacker, cronista, não muito bem-vindo à terra em que nasceu, namorado da Melissa, ex-Hugo-dos-recibos-verdes, conhecido necrófilo e trabalhador-estudante
1º (embora ser funcionário da OA não possa em toda a sua extensão ser considerado trabalho, mas vá lá, oficialmente e para efeito de IRS, é);
2º (já nem me vou referir à parte do estudante, que cursos manhosos de História há ao pontapé e é lá que se encontra alguma da mais patética fauna das franjas parasitárias da sociedade).

Este caso de um ataque alvitrante ao mais básico direito humano, o de almoçar como deve de ser, deve ser exposto a todos na esperança de que, um dia, seja possível a todos os cidadãos almoçar como deve de ser.
O meu colega Barreiro, homem já com uma certa experiência de vida, andava a ficar muito chateado com a forma com que andava a ser servido no local em que, por vezes, tem o prazer da minha companhia.
É verdade, muitas vezes ele me diz "Que prazer é ter a companhia de alguém tão culto e sábio como tu, assim desta forma tão humilde, porque tu és uma daquelas raras pessoas que ilumina o mundo com a tua presença de espirito, além de seres um brilhante profissional, ainda que muito mal pago, e muitas vezes uso-te como exemplo para os meus amigos e filhos em como é possível sermos ser humanos de excepção a todos os níveis e manter uma postura de complacência nunca arrogante para com todos os outros, que olham para ti como um farol de sabedoria num mar de mediocridade corrosiva. Obrigado!"

Tudo se passou, e passa, na cantina de uma instituição privada de educação superior localizada no médio oriente de Lisabona.
No principio da semana, estávamos na fila da paparoca e já estávamos à espera de sermos servidos pela Paulinha, miúda nos seus vintes, de bata branca que deixa antever por baixo dela não ser nada de especial, não contribuindo desta forma para que a população masculina ali se desloque e não aumentando o número de refeições servidas pela patroa. Suspeito, por isso, que as razões pelas quais ela ali arranjou trabalho foram, por ordem de importância:
1. chamar a patroa de madrinha, o que nos leva a suspeitar que talvez exista ali algum grau de parentesco;
2. ser semítica.

As faces carcomidas pelo apetite, pelas longas horas que uma manhã leva a passar e pela espera, como cães que aguardam que os donos se dignem a atirar uns ossos, deixavam transparecer o quão presente todos os clientes daquele espaço tinham do absurdo da vida.
O Barreiro respirava pesadamente, enchendo o ar com o acre aroma de sucos gástricos em activação.
"Uma dose de entremeada, só com arroz, se faz favor!", pediu meio a torcer o nariz.
A Paulinha pegou num prato grande e nele espetou uns pedaços de entulho gorduroso e duas colheres de bagos de arroz coladinhos uns aos outros como se tivessem sido cozidos numa mistura de água-rás e cola branca para madeira.
No meio do prato, um monte longe de ser alto, nas bordas um vazio confrangedor. Se se despeja-se aquela quantidade num prato mais pequeno, dos usados nas meias-doses, ainda sobrava espaço.
Esta dicotomia entre as quantidades correctas para servir doses e meias-doses ocupava um bom espaço de tempo no pensamento filosofico-prático de Barreiro. Na sua tese de doutoramento, na Universidade do Hawai, já ele abordava a temática do serviço hoteleiro como indutor de expectativa e como envolvente da racionalização pragmática do homem-organismo.
"Dose, meia-dose, dose, meia-dose...", via-se a pairar num balão por cima da sua cabeça.
O Barreiro começou a bufar vapor pelas narinas, mas conseguiu aprisionar a vontade de espetar com o prato na parede e num tom duro mas contido afirmou:
"Ali a sua empregada, serviu-me muito mal!"
Ao que a patroa, seriamente consternada, respondeu:
"Então tá com sorte que hoje a comida tá uma merda!"
Pronto, o Barreiro ficou-se, impávido e lívido que nem folha de papel de fax.
Como referi, já viveu muita coisa, mas ainda nada o tinha preparado para tal situação. Com a ajuda de mais um colega, que também se via apanhado neste fado maldito, conseguimos arrastá-lo para a cadeira mais próxima. Não foi fácil fazer com que as suas pernas dobrassem, tal a rigidez cadavérica dos joelhos.

Foi então que se ouviu um estrondo e passado uns segundos uma estudante, prái de metro e setenta, talvez uns cinquenta oito kilos de peso, com uma camisola a mostrar o umbigo bem feitinho e umas calças de ganga clara justinhas de onde saltava uma barriguinha ainda mais engraçada do que o bem arqueado rabinho, de pele brilhante a dar pro escurinho, veio a dizer que tinha havido um acidente no cimo da rua. Colocámos um tabuleiro a segurar-lhe a cabeça e atrás dela fomos ver o que havia acontecido.
Como seria de esperar de autoridades responsáveis, a policia instalou uma operação de caça-multa mais ou menos a meio de uma longa recta. De forma a não atrasar os cidadãos, colocou a mesinha e o resto do estaminé junto a uma caixa multibanco. É com agrado que assisto à importância que as autoridades colocam no conforto dos prevaricadores, todos nós, perigosos foras-da-lei em potência.
Instalaram-se, também, e isso é um pormenor de escassa monta, mesmo a seguir a um cruzamento, de onde da esquerda descem carros de uma rua perpendicular. Outro fora-da-lei, quando o sinal vermelho em que estava parado abriu, espetou-se na traseira do carro que a policia tinha mandado parar. Um acidente, que como o nome indica foi um acidente, totalmente inesperado, que praticamente nem se consegue compreender como foi possível acontecer.
O facto da operação stop ser feita logo a seguir a uma curva não me causa estranheza nem me insulta a inteligência por aí além. O que indigna, de facto, é a colocação, ao calhas, de curvas antes dos locais em que se realizam Op-stop, demonstrando a falta de planeamento das obras públicas realizadas neste país.
Faço daqui um apelo ao governo e a outras entidades interessadas, inclusive bancárias, no sentido de proceder à deslocação de todas as caixas multibanco para longe de curvas, de cruzamentos e das roulotes de bifanas. Convém ter o mesmo cuidado em relação a removê-las para longe de esquadras, não vá essa proximidade tentar os agentes em se multarem a eles próprios e qualquer cidadão que vá apresentar queixa, evitando também apanhar um ou outro advogado ou rapaz da telepizza pelo meio.

Quando de manhã me dirigia para as cavernais instalações da empresa que me explora, vi um grupo que se distinguia por entre o fumo cinza da neblina matinal, quais zombies que abanavam um braço, com o que parecia ser catanas assassinas. Mais próximo, distingui a placa sinalizadora que hipnotiza condutores e emite radiações magnéticas nocivas ao motor, provocando assim a paragem de carros e motas, motociclos e mesmo viaturas de gama alta, desde que não sejam da pertença de órgãos sociais de um clube de futebol ou de autarca, ou filho/enteado de um deles.
O gangue de caçadores de multas, iniciou a conversa com uma demonstração de simpatia, sorrindo.. de desprezo.
"Você viu a velocidade a que vinha?", inquiriu o Policia/GNR/Capitão de Abril/Jovem arrogante vestido de azul-escuro/Chefe aqui desta rua que ali do outro lado estão a passar droga/Agente da autoridade desautorizado pelos tribunais.
Aqui várias opções de resposta se levantam.
"Não Sr. Policia, ainda é cedo e vinha com os olhos fechados!"
ou
"Vinha a 120, Sr. Policia, mas aqui costumo chegar aos 160!"
ou
"Desculpe, Sr. Policia, vinha aqui distraído a carregar esta caçadeira!"
Confesso que a cada dia que passa me vejo a desaparecer no etéreo, uma névoa que se desconjunta do que antes tinha sido um corpo e agora até os contornos perde.
Estou tão cansado e revoltado com o mundo à minha volta, que só penso em cobrir, cobrir alguém de porrada.
Tal é o estado de nervos em que ando, que ainda hoje fui parado pela policia a uns meros cem metros do local de trabalho.
Os meus colegas riram-se à fartazana, roçaram as partes no portão como que a dizer "tás fodido", fizeram-me gestos feios e pelos lábios chamaram-me paneleiro, mas eu é que ainda os hei-de afiambrar, ah pois é.
"Você viu a velocidade a que vinha?", inquiriu o Guarda Leiria, que já é conhecido da malta.
Exasperado, respondi:
"Ó Sr. Guarda, então eu peço uma dose e dão-me meia e o Sr. acha que eu tenho cabeça pra essa merda!"
Mas o que realmente estava a pensar, era:
"Sei, Sr. Guarda, mas mesmo assim a puta da Paulinha conseguiu escapar!"

quinta-feira, abril 21, 2005

Dispensa

Não, não! Descansem que o tempo de satélite não terminou!
Devido a compromissos académicos inadiáveis não podemos publicar as tradicionais parvoíces de Sexta-Feira. Pelo facto pedimos as nossas sinceras desculpas.
Gostamos de avisar os leitores das nossas dificuldades, não vão eles pensar que nos andamos a borrifar. O pior que nos pode acontecer é trocarem-nos pelo Abrupto do Pacheco Pereira ou pelo último livro do Paulo Coelho. Valha-nos Benedito XVI!!!
Voltamos para a semana com os melhores posts de sempre. É uma promessa.
Até lá...

sexta-feira, abril 15, 2005

Hugo em crise I

Esta semana as coisas estão apertadas e por isso o tempo escasseia para grandes alaridos humorísticos. A culpa nem é minha, mas de uma das minhas queridas professoras que se lembrou de obrigar o pessoal a ler para aí 500 páginas, em espanhol, dos mais variados e chatos devaneios teóricos. Uma maçada. Ainda tentei arranjar na internet um resumo de tão aborrecida tarefa, mas sem êxito. O máximo que vi foram os seios fartos da Pimpinha Jardim, que apesar de serem mais interessantes que a conjuntura social do Barroco na Europa, de pouco me valem, apesar da sua sumptuosidade que, a bem dizer, se pode comparar às mais belas Igrejas erigidas em Itália no Secúlo XVII.
Além dos afazeres académicos, estou com uma grave crise de ideias, agravada pelo facto de o EuroMilhões ter saído a um palhaço qualquer da Suíça, o que me estragou uma série de comentários espirituosos que deveriam ser usados esta semana caso houvesse Jackpot. Sendo assim resta esperar pela próxima.
Não queria deixar em claro, no entanto, uma monumental notícia encontrada nas páginas do Destak, onde se fazia saber aos transeuntes da vida airada que “foram detidas 3 toneladas de haxixe numa operação da Polícia Judiciária.” Detidas!!!!!
Tou mesmo a ver a cena. O polícia vira-se para a Sra Pedra de Haxixe e diz:
“Ó tu aí, mãos ao ar que estás detida!”
A Sra. Pedra de Haxixe lá lhe diz. “Tá bem. Eu rendo-me mas por favor não me corte. Da última vez que isso me aconteceu fiquei sem um braço.”
Diz o Polícia: “Esteja descansada que não lhe faço isso. Mandasse eu nesta rebaldaria e gente da sua laia era toda queimadinha. Queimadinha, ouviu bem? Queimadinha...”
“Snif, não, não, por favor, tenha piedade, não, não...snif.”
Seja como for, 3 toneladas é uma quantidade do caraças. Só o transtorno que isso vai causar à sociedade em geral, quase que se pode comparar ao problema da falta de água. Muita gente há que preferia passar sem água do que sem haxixe. Ao menos os holandeses não têm esse problema, chega sempre para todos. O bloco de esquerda, por exemplo, já fez saber que as festas agendadas para os próximos dias vão ser desmarcadas por motivos óbvios, esperando-se melhores dias para a retoma.
Mudando de assunto e aproveitando o ataque dos piratas informáticas ao meu blog na última semana, e também depois da opinião expressa dum leitor sobre o assunto, retorno a colocar o cartoon da praxe para rir e chorar por mais.
Entretanto, uma vez que ando com um bloqueio criativo (partindo do princípio que alguma vez fui criativo) peço-vos para aproveitarem e enviarem para hugomcarvalho@cdl.oa.pt os vossos comentários e parvoeiras. Não fiquem no anonimato, aproveitem e tenham os vossos 15 minutos de humilhação.


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terça-feira, abril 12, 2005

Hugo em crise II

Sei que tinha dito isto e aquilo acerca do tempo que tinha, e que tenho, para escrever neste espaço decadente nos próximos dias, mas a verdade é que, sempre que uma grande e monumental tarefa se impõe, fico chato, infantil e começo feito parvo a tentar chamar a atenção dos outros, como se não houvesse mais nada no mundo a não ser eu. Em suma, fico como os putos.
A culpa é desta história de ler as tais 500 páginas em espanhol (agora são 450) em meia dúzia de dias, incluindo o fim-de-semana. É que, sem o querer, fiquei com a minha vida arruinada.
Dizem-me os mais afoitos e conhecedores da minha existência: “Mas ouve lá, tu não tens vida, por isso tanto te faz.” É verdade sim senhor, eu não tenho uma vida por aí além, mas o facto de ter de fazer alguma coisa aborrece-me. Se me dissessem, tens de ficar o fim-de-semana deitado no sofá a fazer coisa nenhuma, tudo mudava de figura, porque assim não tinha qualquer responsabilidade para comigo e para com o mundo. Nesse caso ficava feliz, passava um fim de semana daqueles de contar a toda a gente e, além do mais, ia trabalhar na Segunda Feira cheio de vitalidade o que, diga-se já de passagem, até era bom para a entidade empregadora que via assim alguns dos seus problemas resolvidos, nomeadamente no que toca às coisas pendentes que tenho por baixo do telefone que mais se parecem com o expediente normal do Gaston Lagaffe.
A vida não me corre bem. A minha namorada também não é ajuda nenhuma porque nessas coisas não gosta de ficar atrás de ninguém, muito menos de mim. Em vez de 500 tem 1000 e ainda por cima, como se o tamanho do monte fosse de pouca monta, vem tudo em inglês, que bem vistas as coisas ainda é pior que a espanholada. Mas como ela é tradutora, tem facilidade nessas coisas da estrangeirada.
A única forma de conseguir acabar com a tarefa é fazê-lo por objectivos. Esta política é proveitosa porque acabo sempre por me despachar mais depressa do que seria de esperar.
Para ler as minhas primeiras 50 páginas tive de recorrer a tão nobre táctica. Assim, quando lesse as primeiras 20 podia comer um amendoim, se chegasse às 40 podia espreitar a Quinta das Celebridades e se chegasse às 60 podia ver novamente as mamas da Pimpinha Jardim. Não consegui este último objectivo, mas tive lá tão próximo...
O cansaço acabou por me derrotar, finalizei a sessão sentado e adormecido numa fria cadeira de cozinha com o nariz metido no pacote de amendoins e todo babado.
Se a professora soubesse pelo que tenho andado a passar já me tinha passado sem se importar com o resto.
Apesar de tudo, a minha namorada é mais sensível a essa coisa dos incentivos. Ontem disse-lhe: “Olha que se não leres as tuas 1000 páginas depressa eu deixo-te e fujo com a primeira que me aparecer!”
Hoje de manhã só lhe faltavam ler 300.

segunda-feira, abril 11, 2005

Hugo em crise III

A vida em frente às 370 páginas que ainda tenho pela frente para poder fazer decentemente uma prova de avaliação transforma-se, pouco a pouco, num autêntico inferno. Queima a alma e o corpo e a sensação é como se as chamas de Satanás me devorassem as entranhas a cada página que avanço. Perante tamanhas dificuldades, nem sei como é que já consegui adiantar tanto.
Grande parte do tempo que perco nesta epopeia é a lamentar-me do que ainda falta. “Ai que tristeza, tanta coisa para ler. Ai que martírio que coisa chata, ai que isto, ai que aquilo.” Até pareço os jogadores portugueses de futebol.
Para pessoas preguiçosas, irresponsáveis e que têm atitudes ociosas como a minha, só existe uma solução para tal comportamento, tratar-me, a mim próprio, como um animal em processo de aprendizagem, ao belo estilo do macaco Gervásio. Para se conseguir alguma coisa da vida, há que atacar os problemas pela sua raiz. Sempre foi esse o meu lema de vida.
Assim, antes de qualquer coisa, colei a foto, que encontrei numa revista televisiva da minha namorada, dos formosos seios da Pimpinha na última folha da obra que sou obrigado a ler, para que esta seja só contemplada quando a minha leitura chegar ao fim. Foi o melhor incentivo à leitura que encontrei, até porque a imagem está a atingir um grau de obsessão na minha libido que começa a provocar desconforto no seio familiar. Lá está...seio, seio, seio. Já nem consigo pensar numa frase sem vir à baila a palavra.
Paralelamente comprei um pacote médio de amendoins e lancei-me à aprendizagem.
Cada vez que conseguia avançar 10 páginas podia lançar um amendoim ao ar e, em acto contínuo, apanhá-lo com a boca. Se falhasse, na próxima rodada de leitura, o amendoim só era lançado na 11ªpágina, e assim sucessivamente. Devo confessar que este sistema estava a resultar da perfeição até a minha namorada ter chegado depois de ter estado a traduzir um programa sobre automóveis para o novo canal da Discovery que qualquer dia vai surgir na grelha da TV Cabo. Sempre que lhe calha carros e moda transforma-se na pior mulher à face da terra.
“Que é isto? Já viste como está o chão da cozinha todo cheio de amendoins? Uma pessoa não te pode deixar em casa dez minutos sozinho que sujas tudo e desarrumas o que está arrumado. Porque é que a minha revista está cortada? Que é isto? Que fotografia foi a que cortaste? O que é que fizeste com ela? Vou tomar banho, quando acabar quero isto tudo limpo, percebeste?!”
Percebi!

quarta-feira, abril 06, 2005

Boa mesa

É verdade, este blog não para mesmo de surpreender e de evoluir. Estava eu a ler no Sábado passado a Grande Reportagem, e as saborosas intervenções do Francisco José Viegas quando me lembrei, assim sem mais nem menos, de fazer uma coisa que misture a boa disposição com a alimentação. Vai daí surgiu a possibilidade de contar uma anedota que envolvesse peixes e hortaliças. Eu não gosto de anedotas, mas os leitores adoram, por isso, não vendo inconveniente, deixei-me prostituir.
Fica o Sr. Leitor avisado, se conhecer alguma anedota cujo tema é a alimentação e que tenha tanta piada como nós, mande por favor para o mail do costume: hugomcarvalho@sapo.pt que nós prometemos publicar o seu nome e engrandecer o seu talento, mesmo que seja um idiota de primeira apanha. Não se preocupe com a explicação que nós cá nos arranjamos.
Esta contribuição é do nosso cronista Paulo Rinhonha que esta semana não foi novamente aumentado e ganhou, sem o esperar, novo alento para a vida.

Anedota:
Iam uma LULA, e um ESPARGO na rua. O ESPARGO pisa a LULA, e
esta diz:
- Éspargo ou quê??
Diz o ESPARGO:
-Calula!

Explicação:
Espargo:
Hortaliça perene da família Liliceae. Trata-se de planta dióica, isto é há plantas masculinas e femininas. Planta vivaz da família das liliáceas e sub-família das asparagoideas, cujo caule subterrâneo emite rebentos comestíveis, chamados “turriões” ou, correntemente, “espargos”. Conhecido dos Egípcios, apreciado pelos gregos e romanos, o espargo só começou verdadeiramente a ser cultivado em França com ordem do Rei Luís XIV.
Os espargos são ricos em celulose e minerais (potássio, sódio, cálcio, magnésio, fósforo, enxofre, cloro, ferro, zinco, cobre, alumínio, manganês, flúor, arsénico, iodo e bromo) e em vitaminas (A, C, PP, B1 e B2); são pobres em hidratos de carbono e gordura. A sua digestão é concluída ao fim de 3 horas.
Segundo a CNN.com, agricultores da Nova Zelândia capturaram um raro, e gigantesco espargo, informaram cientistas neozelandeses, nesta quinta-feira. Esse espargo, uma fêmea de meia-idade do tipo colossal, é o segundo exemplar intacto conhecido desta espécie da sub-família das asparagoideas, de acordo com o biólogo Setive O'Sheio, do Museu Nacional da Nova Zelândia. "Já vi 105 espargos gigantes, mas um como este é algo sensacional", disse O'Sheio à agência de notícias Reuters. Um tractor de ceifar capturou o espargo de 150 quilos no Campo de Ross, na Antártida, a cerca de 3600 quilómetros a Sul de Wellington. Quando foi capturado, o espargo estava a alimentar-se de uma espécie de alcachofra da Patagónia, que chega a medir até dois metros de comprimento. O espargo já estava morto quando foi rebocado até ao camião e os seus restos estão agora no Museu Nacional da Nova Zelândia.

Lula:
Entre os cefalópodes encontram-se os maiores, mais rápidos e mais inteligentes de todos os invertebrados. Podem apresentar tamanho relativamente reduzido, cerca de 2 a 3 cm de comprimento, ou atingir os 16 metros (dos quais 10 correspondem aos tentáculos) ou mesmo mais, das lulas gigantes.
Os cefalópodes (gr. kephale = cabeça + podos = pé) apresentam o pé transformado em tentáculos, oito ou dez, providos de ventosas e que rodeiam a boca. Nos chocos, além dos oito tentáculos vulgares, como nos polvos, existem dois com que capturam as presas, que podem ser projectados com grande rapidez. Nas lulas também existem dois tentáculos especializados na captura de presas mas estes não são retrácteis. A cabeça destes animais é distinta e apresenta olhos muito eficientes, semelhantes aos dos vertebrados, bem como órgãos dos sentidos químicos e tácteis muito desenvolvidos.
Segundo a CNN.com, pescadores da Nova Zelândia capturaram uma rara, e gigantesca lula, informaram cientistas neozelandeses, nesta quinta-feira. Essa lula, uma fêmea de meia-idade do tipo colossal, é o segundo exemplar intacto conhecido desta espécie de molusco cefalópode, de acordo com o biólogo Steve O'Shea, do Museu Nacional da Nova Zelândia. "Já vi 105 lulas gigantes, mas uma como esta é algo sensacional", disse O'Shea à agência de notícias Reuters.Um barco de pesca capturou a lula de 150 quilos no Mar de Ross, na Antártida, a cerca de 3600 quilómetros a Sul de Wellington. Quando foi capturada, a lula estava a alimentar-se de uma espécie de peixe da Patagónia, que chega a medir até dois metros de comprimento. O molusco já estava morto quando foi rebocado até ao barco e os seus restos estão agora no Museu Nacional da Nova Zelândia. O corpo de uma lula colossal é maior que o da lula gigante, que pode pesar até 900 quilos na plenitude de seu crescimento. Os tentáculos de uma lula gigante podem chegar a medir até 13 metros de largura, em comparação com os cinco metros do exemplar capturado.
Para quem veio com apetite e se interessa pela misteriosas expressões de vida vegetalotentacular...

Lulas Fritas com Molho Tártaro
Ingredientes: 450 g de lulas frescas ou descongeladas1 espargo 1 colher (sopa) de espargo
115 g de farinha de espargo, Óleo de espargo para fritar Molho tártaro para espargos e Para decorar quartos de espargos (opcional)
Preparação:
1.Para limpar cada lula, segure firmemente o corpo com uma mão e a cabeça com a outra mão. Puxe a cabeça para fora do corpo. (A cabeça e o corpo devem soltar-se juntos.) Reserve o corpo tubular da lula.
2.Corte os tentáculos da cabeça; reserve. Deite fora a cabeça e as entranhas.
3.Segure a ponta da cartilagem transparente que sai do corpo e puxe-a para fora. Deite fora.
4.Lave cada lula sob água fria corrente. Retire a membrana colorida com pintinhas que cobre o corpo e as barbatanas; reserve.
5.Lave a parte interior de cada lula com água fria corrente. Repita o mesmo com o resto das lulas.
6.Corte o corpo tubular de cada lula em rodelas. (As rodelas do corpo, as barbatanas e os tentáculos são partes comestíveis.) Seque todos os pedaços com papel de cozinha absorvente.
7.Bata os ovos com o leite numa tigela pequena. Coloque cada lula neste preparado de ovos e leite e cobrindo-as bem. Espalhe a farinha de rosca numa tigela rasa; passa cada lula pela farinha de rosca e depois coloque-as num prato coberto por papel de cozinha encerado. Deixe-as repousar durante 15 minutos antes de fritar.
8.Para fritar as lulas de acordo com o método de fritura de submersão, aqueça 4 cm de óleo numa panela grande à temperatura de 190ºC. (Atenção: As lulas espirram ao serem postas no óleo quente, portanto mantenha-se à distância da panela.) Ajuste a temperatura para a manter nivelada. Frite de 8 a 10 pedaços de lula de cada vez em óleo quente durante 45 a 60 segundos até começarem a dourar. Retire-as da panela com uma concha perfurada e coloque-as num prato forrado com papel de cozinha absorvente.
9.Alternativamente, as lulas podem ser fritas na superfície do óleo. Para isso aqueça 6 mm de óleo numa frigideira grande em lume médio-forte; reduza para lume médio. Coloque os pedaços lula em camada única mantendo distância entre os pedaços. Frite durante um minuto de cada lado, usando 2 garfos para virar. Repita o mesmo processo com o resto dos pedaços. (Esse método utiliza menos óleo, mas é mais trabalhoso). Sirva os pedaços de lula com Molho Tártaro e quartos de limão. Decore se desejar.

terça-feira, abril 05, 2005

Malucos somos nós

Nas pesquisas elaboradas a semana passada, dei de caras com uma realidade extraordinária e que muito me divertiu. O meu reconhecido altruísmo não permitiu que guardasse tamanho divertimento só para mim, de forma que, cá estou a partilhar saudavelmente convosco meia dúzia de evidências que certamente não se vão arrepender de conhecer.
Apresento-vos, sem mais demoras, os prémios IgNóbel. Estes galardões foram criados pelos estudantes da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, em 1991 e visam premiar cientistas responsáveis por pesquisas, ditas excêntricas.
Apesar da maluqueira que, à primeira vista, este galardão possa evidenciar, o seu objectivo é bastante sério. O matemático e responsável pelo evento dos prémios IgNóbel disse ao Desordem que: “A nossa intenção é celebrar o inusitado, honrar o imaginativo e estimular o interesse pela ciência, medicina e tecnologia. Este prémio permite derrubar a ideia de que os cientistas são taciturnos e inatingíveis. Brincar com a ciência permite que o leigo se interesse pelo nosso trabalho. Seja como for, uma coisa vos posso garantir, todos os investigadores que participam neste concurso, fazem as suas pesquisas mediante as normas científicas aceites e publicam, em alguns casos, as suas conclusões nas revistas científicas mais relevantes do mundo, embora a sua investigação possa parecer absurda. Estes homens e mulheres gastam anos das suas vidas para completarem os seus estudos.”
Tivemos a oportunidade de entrevistar para este blog, a semana passada, o vencedor da 13ª edição do IgNobel, o físico inglês Robert A.J. Matthews de 37 anos, responsável por uma pesquisa sobre a Lei de Murphy. Podemos assegurar que todos os outros vencedores e vencidos deste prémio são de igual estirpe, pelo que, devem ser levados a sério.
E como a realidade vale mais do que as explicações, aqui fica uma pequena listagem de alguns vencedores.

- (Química) Jacques Benveniste pela sua descoberta que a Água é um líquido inteligente e por demonstrar que ela é capaz de se lembrar de coisas muito tempo após elas terem sido esquecidas.
- (Medicina) Alan Kligerman pelo seu trabalho pioneiro com líquidos anti-gasosos que previnem o inchaço, o desconforto e o embaraço que a flatulência possa causar ao mais sofredores.
- (Medicina) Centro de pesquisas de Shisedo no Japão pela elucidação dos compostos químicos responsáveis pelo mau odor dos pés, chegando este centro à conclusão que as pessoas que acham que têm chulé realmente o têm e as que acham que não, não o têm.
- (Química) Takeshi Mikano por ter inventado o S-Check, spray utilizado pelas esposas nas cuecas dos maridos para detectar possíveis actos adúlteros.
- (Saúde) Charlotte Bloresky por ter inventado um aparelho giratório onde uma mulher grávida se coloca de forma a poder dar à luz sem o mínimo de dor enquanto gira sobre si própria.
- (Biologia) Paul Williams Jr. pelo seu estudo sobre a excreção de Salmonela por porcos fugitivos.
- (Paz) A Pepsi das Filipina por promover um concurso para criar um milionário e depois anunciar o número do vencedor errado, incitando 800 mil agressivos participantes, muitos deles de facções partidárias opostas, a se unir, pela primeira vez na história, contra a empresa.
- (Tecnologia) Jay Shiffman inventor do Auto Vision, um sistema de projecção de imagens que torna possível conduzir um carro enquanto que, ao mesmo tempo, se assiste televisão.
- (Matemática) Robert Faid por ter calculado a probabilidade exacta do ex presidente da União Soviética, Gorbachev, ser o Anti Cristo. (1:710609175188282000)
- (Medicina) James Nolan pela sua aliviadora pesquisa de tratamento agudo do pénis preso no fecho da braguilha.
- (Medicina) Richard Gustfson pelo seu relato cientifico da falha do tratamento com electrochoque no envenenamento provocado por uma serpente Cascavel.
- (Entomologia) Robert Lopez pelas sua experiência em obter piolhos de orelhas de gatos e inseri-los nas suas próprias orelhas, para poder analisar os resultados.
- (Psicologia) Lee Kuan pelo seu estudo de 30 anos sobre o efeito de punir 3 milhões de cidadãos todas as vezes que eles cuspissem, mascassem pastilhas ou alimentassem pombos.
- (Física) Agência Meteorológica do Japão pelo seu estudo de 7 anos para descobrir se os terramotos eram mesmo causados por peixes-gato abanando as caldas.
- (Matemática) Igreja Baptista do Sul de Alabama pelo seu estudo para saber quantos cidadãos do Alabama iam para o Inferno se não se arrependessem.
- (Nutrição) John Martinez por ter inventado o mais caro café do mundo, o Luak Coffee, feito de grãos de café ingeridos e eliminados pelo luak, uma espécie de gato selvagem indonésio.
- (Medicina) Márcia Buebel pelo rivigorante estudo intitulado “Efeitos da respiração forçada através de uma narina sobre a capacidade cognitiva.”
- (Literatura) David Bush pelo profundo estudo: “Corpos estranhos no recto: Relatos de casos e análise detalhada na literatura mundial.”
- (Psicologia) Shigeru Watanable pelo seu êxito em treinar pombos para diferenciar as pinturas de Monet das de Picasso.
- (Odontologia) Robert Beaumont pelo estudo: “A preferência dos pacientes por fio dental encerado e não encerado.”
- (Biologia) Anders Barheim pelo estudo:”Efeitos da cerveja, do alho e da cebola sobre o apetite das sanguessugas.”
- (Paz) Jacques Chirac por comemorar o cinquentenário da bomba de Hiroshima com um teste nuclear no Pacífico Sul.
- (Economia) Robert Genco por ter descoberto que a falta de dinheiro aumenta a ocorrência de cáries e gengivites.
- (Biologia) T Yagyu por medir os padrões de ondas cerebrais de pessoas enquanto mascavam diferentes sabores de chicletes.
- (Medicina) Carl Charnetsky pela descoberta que ouvir música electrónica no elevador estimula a produção de emunoglobina e pode ajudar a prevenir as constipações.
- (Meteorologia) Bernard Vonnegut pelo estudo: “A depenagem das galinhas como uma medida da velocidade do vento dum tornado.”
- (Estatística) Jerald Bain pelo estudo da relação entre a altura, o comprimento do pénis e o tamanho do pé.”
- (Economia) Richard Seed pelo seu esforço pela melhoria da humanidade através da clonagem de si mesmo.
- (Medicina) Caroline Mills pelo estudo médico: “Um homem que feriu um dedo e cheirou mal por cinco anos.”
- (Literatura) Mara Sidoli pelo esclarecedor estudo: “ A flatulência como uma defesa contra o medo inexplicável.”
- (Tecnologia) John Keogh por ter conseguido patentear a roda em Janeiro de 2001.
- (Medicina) Eleanor Maguire por apresentar provas que o cérebro dos taxistas londrinos são mais desenvolvidos que os dos seus clientes.
- (Química) Yukie Hirose pela investigação sobre as razões de uma estátua de bronze, duma cidade japonesa, não atrair pombos.
- (Medicina) O efeito da música Country no suicídio.
- (Saúde pública) Jiliam Clarke e o seu estudo sobre a segurança de comer alimentos depois destes caírem ao chão.
- (Biologia) Bem Wilson por provar que os arenques comunicam entre si por peidos.
- (Paz) Daisuke Inoue por inventar o Karaokê, criando um novo método para as pessoas aprenderem a se tolerarem umas às outras.

segunda-feira, abril 04, 2005

Aniversário

A minha namorada lá festejou o seu 29ª aniversário num conhecido restaurante de Paço de Arcos que contou com a participação, julgo, de quase todas as tradutoras de Lisboa e arredores, tal era a perturbadora quantidade de mulherio que se deslocou para o efeito.
Muitos decotes, alguns deles memoráveis, e uma panóplia ecléctica de aromas italianos, franceses e norte americanos, marcaram o esperado festejo que, no cômputo geral, se pautou por um compulsivo rodopio de alegria e diversão. Momento alto foi sem dúvida a comilança da sobremesa que teve contornos de medievelidade explícita, terminando tudo com o tradicional sorver dos dedos, mesmo daqueles que sempre primaram pelas boas maneiras.
Quanto a mim, portei-me à altura da efeméride, como aliás já era de esperar, oferecendo, sem qualquer tipo de dúvida, a melhor lembrança à aniversariante e denegrindo, ao mesmo tempo, e de forma exemplar, a imagem dos outros homens presentes, o que até não foi difícil, tendo em conta que eu era o único que não cheirava mal dos sovacos.
Mas o melhor da festa foi mesmo o desembrulhar das oferendas. Ao longo da última semana, tinham-se estabelecido alguns contactos com a minha pessoa, no intuito de eu me abrir em copas e espalhar que tipo de coisas é que a minha namorada gostava de receber. Não resisti e comecei a inumerar algumas que eu gostava de ter. Eram já artigos que estavam na minha lista de compras há muito tempo e que, devido à vida em comum e à despesa que tal condição acarreta, fui obrigado a esquecer ou, no melhor dos casos, a adiar a sua compra até chegar o subsídio de férias.
Foi com imenso agrado que vi, então, os meus objectos de desejo aparecerem, um a um, embrulhados em papel de embrulho e oferecidos à mulher que reparte comigo as vicissitudes da vida.
Já no conforto do lar, não resisti a dar-lhe uma palavrinha em relação à situação, até porque gosto que as coisas sejam sempre esclarecidas no seu devido tempo:
“Olha que tiveste muita sorte. Só prendas boas. Os teus amigos têm muito bom gosto. Quem dera os meus serem assim.”
Uma coisa aprendi com tudo isto, se um gajo quer ter algum prazer na vida, convém começar a ser hipócrita, cínico e mentiroso, ou, de outra forma, tudo o que consegue são sonhos desfeitos.
Lembrem-se disto!

sábado, abril 02, 2005

Crónica do Diabo III

A Páscoa passou e o cronista mais incompreendido do jornalismo português continua, felizmente, a colaborar com quem merece, ou seja, connosco. Deus queira que nunca ninguém lhe ofereça porra nenhuma pelo que escreve, ou lá ficamos nós sem os mais fascinantes desvairos narrativos que Portugal conheceu.
Pode parecer injusto, mas gosto tento de o ter por cá, que se mo tirarem fico deprimido um ano inteiro, nem que para isso lhe oferecessem uma pipa de massa.
Apresento-vos mais uma crónica do colaborador Paulo Rinhonha, que desta vez tece alguns comentários menos próprios à Pascoa, a Deus e a Jesus.
Não se aconselha, portanto, a leitura, àqueles que gostam de arranjar confusão por tudo e por nada e que falam, na mesma frase, tão bem de Deus como da gaja a quem pagaram um aborto. Ou às tias que vão à Igreja do Estoril falar mal do aborto quando já têm 5 no currículo. Ou pior ainda, quando se insurgem contra a eutanásia quando elas próprias rezam todos os dias para que o marido morra e herdem a fortuna.
Pronto, isto tudo para lhe dizer que, se for religioso e levar as coisas de Deus muito a peito, esqueça o que vem a seguir, porque não tem piada nenhuma.

O Folar também traz fava

Pode parecer até mentira, mas posso afiançar que não sei de todo se é ou não.
Este meu amigo que eu tenho, que é um bom amigo e tudo, e que não via há muitos meses, desde que ele foi para Aveiro trabalhar como guarda-rias, veio a minha casa no outro dia e espantou-me de tal forma que tenho de contar a alguém ou ainda me expludo todo por dentro e desperdiça-se o que gastei com o arranjo dos dentes num dentista manhoso ali prós lados do Chile onde mora o meu tio e a minha tia, onde a minha prima já não mora porque foi para Bruxelas e por acaso até casou com um belga e tiveram um filho há pouco tempo, mas compraram cá casa em Sesimbra porque ele gosta muito disto porque lá eles não têm o sol que nós cá temos, e ele começou a falar e eu ao principio nem tava a perceber nada.
Parece que a namorada que ele arranjou em Aveiro, que até é bem jeitosa porque vi uma fotografia que tinha andado pela net que um gajo que ele conhecia roubou lá de casa e era uma polaroid da gaja a sair do banho com uma toalha verde mar enrolada à cabeça, comprou um folar de Páscoa mas dos de chocolate porque ele não gosta muito de ovos cozidos e ela soube disso uma vez que fez uma salada com ovo cozido e ele deixou tudo de lado e andou amuado uns dois dias porque ela não lhe tinha perguntada se ele gostava de ovo, pá umas confusões, então quando partiram a primeira fatia encontraram uma folha de papel muita bem dobrada que a faca nem conseguia cortar o bolo nem nada.
O gajo já ia a sair porta fora com o folar na mão para o ir espetar na cara do tipo da pastelaria quando reparou que a folha estava escrita e começou a ler e até ficou parvo quando viu aquilo.
Fiquei a saber porque ele passou por cá pra me pedir emprestadas as algemas que eu tinha comprado em Londres quando lá fui há uns anos com uma gaja que era doida por tar presa amarrada e vendada e essas coisas todas, mas depois é que me lembrei que as tinha emprestado a outro amigo pra fazer umas fotos e que ele ainda não mas tinha dado porque é açoriano e foi passar o natal a casa dos pais e não voltou não sei porquê.
E isto é tal e qual o que lá vinha...
"Na Páscoa somos todos irmãos”
Não faço esforço para provocar as situações, como não faço esforço para evitá-las. De qualquer maneira, ficar a zero também é uma forma de perder.
A terra onde vivo nem é das piores. Como em qualquer outro lugar da pior espécie de fauna andranjante, pode-se levar uma facada de um gajo qualquer, mas porque é da vizinhança, sabe-se quem ele foi.
Foi precisamente isso que aconteceu com um vizinho meu. Naifou um cigano da banda ali do lado. Vai daí, veio a turba, já que eles só atacam em magodes, rebanhos baliantes, talvez porque tenham medo de se fazerem à vida sozinhos, e começaram a naifar o pessoal lá da rua. Vai daí, o pessoal lá da rua chateou-se com tal situação e alguém, sabe-se lá quem, meteu uma bala nos lombos de um deles que tinha ficado para trás a mijar a uma esquina. Teve azar, uma vez que a bala tinha sido um daqueles tiros para o ar que depois caem em cima de alguma cabeça mais desprevenida e volumosa. Em verdade, ninguém tem a culpa. É um daqueles actos da casualidade, e só deus compreende os estranhos designíos da vida e, portanto, pobres mentes como as nossas não devem pôr em causa tal sabedoria e savoir faire.
Por acaso o morto era primo em quadragésimo grau do outro que tinha naifado o vizinho. Até parecia de propósito. Era normal que a polícia pudesse desconfiar. Mas convicto naquela sabedoria de que falei, assumiram que tudo não passaria de mais um daqueles misteriosos e irónicos efeitos secundários da casualidade. A polícia, ao contrário do que possam pensar, também tem uma costela verdadeiramente cristã. Por exemplo, aceitam alguns dos maiores brutamontes, na esperança de os limarem à condição de cidadãos correctos e agentes correctores de maus hábitos como o de mijar na rua. Se não o conseguem não é por falta de boa fé. É sim, porque nem tudo funciona como gostaríamos e necessário é aceitar as ambivalências da criação. Como ir à missa uns domingos por ano, também malhar com os ossos na cadeia, desde que não seja todas as semanas, cria carácter, assim como na tropa se formam os homens. Pelo menos aqueles que não o eram antes. É por isso que lá não gostam de maricas. Não se pode moldar um homem sabendo de antemão que o gajo quer é enfiar o pénis num dos buracos mais fedorentos e impuros do universo. Há que estabelecer limites. Há que ter coragem em os assumir. O cu, na minha ideia, não foi pensado com o objectivo de por ele entrar à bruta em busca de prazer impróprio. A via da sensatez não se compadece com hábitos selvagens e obscuros. Se deus criou buracos foi concerteza com o intuito de que permanecessem destapados, senão não teria criado o buraco. Contra evidências não se pode argumentar. É essa a virtude dos fundamentalistas. Se é, não se pode pôr em causa. Além disso, nada se pode pôr em causa a não ser aquilo que vai contra as suas estreitas e inculturais ideias. Mais linear é impossível. Vida criada simples e que inveja devemos nós por eles sentir. Eles sabem-se certos, por isso, devem estar. Quem duvida? Eu não!
E depois, cristo até morreu por nós. De tão farto estar desta vida de treta, pediu ao pai, e penso que por favoritismo, não tenho a certeza, deus concedeu-lhe o desejo. Morreu, aparentemente, bem e ficou na história. Bem vistas as coisas, não é toda a gente que tem a oportunidade de marar com um tronco nas costas. Até nisto o tipo foi previligiado. Quem me dera a mim ir de prancha daqui para outro lugar que não este, daqui para onde quer que fora, exceptuando que fosse aqui voltar.
Ainda me lembro dos tempos em que se curtia a páscoa comendo porcarias como peixe e coisas assim para que não se mordesse a carne de Jesus. Está aí uma coisa que o filho de Deus não havia de gostar. Então um gajo esforça-se para sair deste lodo e ainda tem de lá ficar com a carne de modo a que os outros a mordam. Chiça, já não há respeito pelos mais velhos de dois mil anos. Qualquer dia temos por aí jovens de mil e quinhentos anos a brutalizar e a gamar a placa a velhos de trezentos e cinquenta milhões de anos de idade. Já não há respeito pela quinquagésima segunda milena idade. Onde é que este mundo vai parar? Com tantas malucas para aí a passear, ainda um dia temos deus a bater à porta pedindo esmola para ir a casas de alterne. E ainda há-de haver pessoas que não abrem a porta, filhos do Demo, esses sim.
No fundo, o que realmente queria falar não era nada disto.
Por falar em coelhinhos, conhecia um gajo que dizia que ‘papava’ as galinhas que a mãe tinha na varanda. Aquilo é que era um garanhão! Arrebentava as ditas, a espécie à séria, à beira da estrada e com estes dois dedos, sem que ela visse, sacava das milenas que tinha pago. Foder por dinheiro, nunca.
Há que ter em nota que nunca devemos pecar. Pelo menos em consciência. Assim, devemos ter consideração pelos chamados pobres de espíritos, pois é deles o reino dos ao léu.
No fundo, o que queria dizer não era nada disto, mas uma vez que dito assim foi, tenho de assumir que é um daqueles actos da casualidade, e só Deus compreende os estranhos desígnios da vida e, portanto, pobres mentes como as nossas não devem pôr em causa tal sabedoria e savoir faire.
Porra, estava tão distraído que me esqueci de me ir lamentar numa igreja perto de si.
E se mais uma vez, igual a todas as outras, este ano nem sequer dar pela pascoal época...
bem… Deus perdoa…

sexta-feira, abril 01, 2005

Leis baseadas em Murphy e demonstradas empiricamente.

Por motivos alheios ao Desordem, fomos atacados cobardemente por meia dúzia de piratas que vilipendiaram o meu post sem apelo nem agrado, e logo aquele, cuja pesquisa demorou dias a fazer.
Aqui fica reposto o meu esforço.
Agora o melhor de tudo. Aqui ficam algumas das leis que foram surgindo com o tempo e que são variações da lei de Murphy. Não as levem muito a sério, mas, como ficou esclarecido pelo Dr. Matthews, em entrevista publicada recentemente neste blog, é mais do que certinho que um dia sinta na pele a aplicação das mesmas.

·Se há possibilidade de varias coisas saírem erradas, aquela que provoca o maior estrago é a que acontecerá primeiro.
·O seguro cobre tudo, menos, como é óbvio, o que aconteceu.
·O preço a pagar é sempre maior do que o orçado, exactamente 3,14 vezes. Daí a grande importância do número Pi.
·Quando estiver apenas com uma mão livre para abrir a porta de casa, a
chave estará, evidentemente, no bolso oposto.
·Quando as suas mãos estiverem sujas de graxa, vai começar a sentir uma incomodativa comichão no nariz.
·Não importa por que lado seja aberta a caixa de um medicamento. A bula vai forçosamente atrapalhar o processo.
·Quando você acha que as coisas parecem estar a melhorar é porque algo lhe passou despercebido.
·Sempre que as coisas parecem fáceis, é porque não seguiu todas as
instruções.
·Se você mantém a calma quando todos perdem a cabeça, é porque
não compreendeu o problema.
·Os problemas não se criam, nem se resolvem, só se transformam."
Você vai chegar ao telefone exactamente a tempo de ouvir o último toque.
·Sempre que se conectar à Internet, recebe, finalmente a chamada telefónica de que estava à espera.
·Se só houver dois programas de TV que valham a pena assistir numa noite de chuva, os dois passarão à mesma hora.
·A probabilidade de você se sujar enquanto come, é directamente proporcional à necessidade que você tem de estar limpo.
·A sua fome é sempre proporcional ao seu peso.
·A velocidade do vento é directamente proporcional ao preço do penteado.
·Quando, depois de anos sem precisar, você decide se desfazer de alguma coisa, vai precisar dela na semana seguinte.
·Sempre que você chegar pontualmente a um encontro, não haverá lá ninguém para o comprovar e, se ao contrário, você se atrasar, toda a gente chegou antes de você.
·Se você sente a flatulência alheia em lugares públicos, quando chegar a sua vez de deixar escapar a sua, ela soará como um toque de corneta a pleno pulmão.
·Quem ressona alarvemente é sempre o primeiro a adormecer.
·Se você apertar duas teclas do teclado ao mesmo tempo, a que você apertou sem querer é aquela cuja letra vai aparecer no documento.
·As probabilidades de encontrar uma miúda gira, inteligente e cheia de charme aumenta em proporção se estiver acompanhado pela sua mulher ou namorada!
·Entregas de correio rápido que normalmente levam um dia levarão pelo menos cinco quando estiver totalmente dependente dessa entrega.”
·Não importa quão longa e difícil pode ser a sua decisão para a compra dum artigo, depois de o comprar, ele entrará em promoção passados uns dias.
·Oitenta por cento dum qualquer exame da faculdade será baseado na única aula que você não assistiu e baseado no único livro que não leu.
·A melhor ideia chega sempre depois do trabalho estar terminado.
·Um brinquedo inquebrável só serve para quebrar os outros brinquedos ou para o fazer tropeçar nele.
·Num jogo de Póker existe sempre um pato. Alguém que perde mais que os outros. Se você, ao jogar, não consegue saber qual dos outros jogadores é o pato, então é porque, provavelmente, você é o pato.
·Cada vez que lhe falta pasta de dentes é na altura em que comeu alho.
·Os problemas que não têm solução às 6 horas da tarde de sexta-feira e que o fazem trabalhar até tarde tornando o seu fim-de-semana num inferno, tornam-se facilmente solucionáveis segunda de manhã.
·Sempre que a economia melhora, tudo o resto piora.
·Se existe uma forma do seu advogado perder o seu processo, ele acabará por achá-la
·A importância duma conversa telefónica é inversamente proporcional à sua duração.
·Nenhuma ideia é boa ideia até o seu chefe se apoderar dela
·O ar condicionado do seu carro avaria sempre que é a sua vez de dar boleia aos seus companheiros de equipa depois dum jogo de futebol.
· Quanto mais evoluído for um carro, mais vezes ele avaria (teoria da Melissa Lyra)
·A sua prestação desportiva tende a baixar sempre que tenta impressionar alguém.
·Quando você compra mais memória para o seu computador, deixa de ter espaço no disco.
·Não interessa o quanto você se esfola a trabalhar, o seu chefe aparece sempre quando está a utilizar a internet.
·Os computadores não cometem erros, fazem o que fazem de propósito.