sexta-feira, dezembro 31, 2004

Até para o ano malta!

Este é um daqueles casos que serve para ilustrar a importância que o Desordem já tem na opinião pública nacional. A altura é ideal, até porque estamos em hora de balanço e é pertinente darmos a conhecer o nosso trabalho e a nossa competência para quem desconfia da seriedade deste projecto.
Noticiamos no dia 25 de Outubro de 2004 que José Sá Fernandes sofria duma ânsia anormal de publicidade, devido ao tempo de Antena de José Maria Martins tinha e tem na televisão portuguesa. É a chamada dor de cotovelo. Por essa mesma razão e para não perder o barco da popularidade, Sá Fernandes teve a brilhante ideia de fazer tudo por tudo para que o túnel do Marquês não avançasse, desgraçando maquiavelicamente a qualidade de vida de moradores e comerciantes que residem naquela zona. E conseguiu. Presume-se que leu o Príncipe de Maquiavel ao 12 anos e a partir daí nunca mais parou de o reler, daí que se ache dono de tudo. A filosofia de vida parece igual às ideias de Maquiavel, os meios, sejam eles quais forem, justificam os fins. Sá Fernandes apenas substituiu o conceito estado por o conceito de propaganda pessoal. Mas isso somos nós aqui a especular.
Pois muito bem, veio hoje a público uma notícia no Diário de Notícias (pag. 25) que um grupo de moradores da zona do Marquês de Pombal vai tentar instaurar uma queixa contra o causídico. O mais impressionante é que tudo surgiu após a leitura do Desordem, como nos diz José Manuel Teixeira: “A ideia surgiu depois de ter lido a notícia, que achei bastante reveladora daquilo que ele (Sá Fernandes) é capaz. Juntei-me mais uns amigos e estudamos as hipóteses. Vamos aproveitar para tentar revitalizar toda a zona com a publicidade que nos vão dar. Matamos dois coelhos duma só cajadada.”
A indemnização pedida é de dois milhões e meio de Euros, mas o advogado já disse que: “Exerci o meu direito e os meus deveres, não sou culpado de nada.”
Pois claro!

quinta-feira, dezembro 23, 2004

Festa de oferta da tostadeira

Foi com muita emoção, que os possíveis futuros funcionários do empírico Instituto do Apoio aos Desgraçados receberam, das mãos da própria Acácia, a célebre tostadeira que vai fazer, espera-se, as delícias de miúdos e graúdos que queiram compor o estômago com saborosas tostas mistas.
A cerimónia informal, teve lugar nas futuras instalações do Instituto e contou com a presença de todas as figuras de destaque, entre elas eu próprio que fiz questão de receber a tão esperada prenda das mãos da Santa.
O nome de Acácia vai figurar na próxima edição do livro “Martyrologium Romanum”, um livro litúrgico que, remetendo para a tradição romana e incorporando dados das várias listagens históricas de mártires, recolhe os nomes de Santos e Beatos. Foi uma ordem expressa do papa João Paulo II que não quer deixar o mundo sem antes ter o prazer de ver, com os próprios olhos, a imagem da mais recente santa nessa publicação. Acrescente-se que, João Paulo II foi responsável pela proclamação de 1345 beatos e 483 santos, mais que qualquer outro Papa na história da Igreja.
Fica aqui registada a foto da entrega do electrodoméstico. Contamos, no entanto, com uma nova reportagem a relatar a feitura da primeira tosta que, se Deus quiser, irá ser saboreada pela senhora santa.

quarta-feira, dezembro 22, 2004

Desordem diz não

A todos aqueles que duvidavam da seriedade deste espaço informativo, devido essencialmente ao caso do seio que parece saltitar, tenho a comunicar, enquanto editor responsável, o seguinte:
O Desordem foi alvo de críticas em relação à sua linha editorial que considero injustas, por isso decidi, mais os restantes jornalistas deste espaço, arregaçar as mangas e calçar as luvas brancas, esperando uma boa oportunidade para dar uma valente bofetada nas vozes criticas que difamaram e vilipendiaram o bom nome deste Blog.
Nem de propósito. Ontem, durante o dia, foi o Desordem contactado pelo Sr. Morais Sarmento para lhe dar uma ajudinha e fazer publicar uma lenga lenga relativa ao Orçamento de Estado aprovado, à pouco tempo, na Assembleia da República.
Dissemos veementemente que não porque, consideramos, que a independência em relação a partidarismos vale o esforço que cada um de nós dá nesta causa tão nobre que é a imparcialidade informativa.
Dissemos que não porque julgamos que os impostos dos contribuintes não devem ser gastos em campanhas de Marketing de má qualidade e manobradas á laia de Michael Moore.
Dissemos que não porque somos sérios e porque temos os nossos impostos em dia, pelo menos eu, não compactuando com este abuso de poder de quem anda desesperado por eleitores.
Dissemos que não porque fomos, durante o governo do partido deste senhor, encostados à parede e ameaçados ferozmente a ficar de bico calado se quisessemos continuar a ter o nosso trabalho, essencial para o sustento das nossas famílias.
Dissemos que não ao dinheiro que este senhor trazia consigo e que pretendia empurrar para a nossa conta por debaixo da mesa.
Dissemos que não porque queremos recuperar a nossa credibilidade e, essencialmente, os nossos leitores que são o melhor que temos.
A todos os que nos apoiaram na decisão e aos nossos prezados leitores, um bom Natal.

Tozé Martinho apanhado com a boca na colher

Foi finalmente apanhado o responsável pela razia verificada no frigorífico que o Desordem deu conta ao longo desta semana.
Uma sucessão de incríveis casualidades, sem aparente ligação, levaram a sagaz inspectora Varatojo até ao larápio, sem que fosse preciso puxar muito pela preciosa cabeça. “Sabe, nós com a experiência que temos raramente somos enganados neste tipo de casos.”
Foi com grande espanto que João recebeu a informação sobre a identidade do amigo do alheio. Diz a própria: “Nunca pensei que fosse ele, até gosto do senhor sempre tão bem composto na televisão...Não me importava de ficar sem os iogurtes, mas desde que me tivesse pedido. Não custa nada pedir.”
O caminho que levou a polícia até ao actor foi relativamente fácil. Maria João, aproveitando o facto de saber como adquirir veneno igual aquele que tem vitimado a face do líder da oposição da Ucrânia Viktor Iuschenko, resolveu atacar e, sem avisar nada nem ninguém, à excepção da inspectora responsável pelo caso, injectou uma quantidade substancial do produto num iogurte. A operação cirúrgica, levada a cabo pelas mãos da própria, não levantou qualquer desconfiança aos usuários habituais do frigorífico.
Passado alguns dias, não se verificou nenhuma alteração na face de ninguém que, à partida, era apontado como suspeito pelos crimes à propriedade alimentar.
Até aqui nada de novo, mas é nesta fase do processo que sucede a reviravolta final, em que Varatojo, com a sua elegante sabedoria e perspicácia, aponta o dedo ao responsável. A explicação da mesma é elucidativa: “A João disse-me que tinha colocado veneno nos iogurtes e a partir daí é uma questão de tempo até o gatuno se desvendar. Ora ontem estava eu a ver televisão quando de repente dou de caras com o Tozé Martinho a representar maravilhosamente na telenovela Baía das Mulheres. Isso causou-me estranheza. Veja lá você que até os textos que ele escreveu estavam bons, quer dizer, bons bons não estavam, mas pronto, pelo menos não tinham erros de português. Ora a partir daí foi fácil. Fui ler quais eram os efeitos do veneno e descobri que, quando não ataca na face da vítima, como o caso do líder da oposição da Ucrania, ataca no bom gosto. Ora a única pessoa que deu mostras de melhorar o bom gosto foi ele. Somei um mais um e cheguei à solução final.”
O caso, no entanto, não avançou para tribunal porque o realizador pediu as devidas desculpas e deu meia dúzia de autógrafos, tanto a Maria João como a Vanda Varatojo saneando-se assim as divergências existentes.

segunda-feira, dezembro 20, 2004

João e os 40 ladrões

Atenta às movimentações obscuras dum incógnito ladrão de iogurtes, João não se deixa vencer pela escassez de provas que infelizmente tem, até agora, marcado o caso.
Um aviso, algo ríspido, já foi deixado na porta do frigorifico donde o material lácteo foi imoralmente furtado e, espera-se que, até ao final de semana, se consiga utilizar uma câmara de vídeo para que se possa apanhar, finalmente, o criminoso em flagrante delito.
João não se tem poupado a esforços para conseguir os seus justos intentos. A ideia da utilização duma câmara de filmar foi-lhe indicada pela polícia que, após ouvir com atenção o relato dos acontecimentos, se mostrou disponível em ajudar em tudo o que seja preciso, muito embora não tenham efectivos suficientes para colocar no caso, devido a dois factores primordiais, as férias de alguns paisanas e também a investigação dum estranho negócio de Sifões de Sanita que tem levado alguns portugueses à fortuna num curto espaço de tempo.
João já telefonou para várias estações de televisão para que seja mostrada ao país, a desgraça vivida por todos aqueles que dependem dum iogurte para manterem o intestino regulado. O mais irónico no entanto, e o que fez explodir de raiva Maria João, foi a comilança alarve que foi feita a uma torta de chocolate deixada na prateleira e que tivera sido oferecida por uma amiga próxima, numa viagem que esta fez à Suiça.
Para Vanda Varatojo, introduzida à pressa no caso devido ao seu sonante apelido, o caso parece mais simples do que parece, dando mesmo ao Desordem um retrato psicológico do Ladrão: “Estamos perante um criminoso que sabe o que quer. Repare que até ao momento foram furtados iogurtes de marca e também uma torta de chocolate suiço. Parece-me que o homem/mulher sabe ao que vai. Aparentemente os produtos de marca Dia mantêm-se intactos. Como nenhum dos iogurtes era diet, julgo que a pessoa em questão não tem problemas com a linha.”
Seja como for e enquanto a câmara de vídeo não for montada nas instalações respectivas, a vigilância está a ser feita pela própria Maria João que “ocasionalmente” vai passando pela cozinha. Avisa-se então o ladrão para ter cuidadinho e que espere melhores dias. Segundo Varatojo: “Este tipo de delitos é frequente em locais de muita concentração de pessoas. Muitas vezes são pessoas que se esquecem dos iogurtes que têm e tiram um ao calhas, mas neste caso em particular, estamos a lidar com um profissional porque não deita fora as embalagens dos produtos. Estou esperançada em conseguir mais informações em breve, até porque estas pessoas são levadas a cometer o crime duma forma constante e cada vez menos pormenorizada.”
Uma única pista terá surgido esta manhã, quando Ana Rita deu com uma faca com vestígios de chocolate perto da sua impressora. O talher em questão já foi levado para o laboratório da Polícia Judiciária, esperando-se a qualquer momento o resultado das análises feitas, tanto à proveniência do vestígio do chocolate, como também às possíveis impressões digitais deixadas no metal.
Para João tudo parece, no entanto, mais fácil do que o esperado: "Se o apanho, vai ouvir tantas que nunca mais cá põe os pés."

Desordem nas bocas do mundo

Foi com especial estranheza que verifiquei uma extraordinária e consistente súbita nos valores de entradas neste blog. Numa primeira avaliação desses resultados, cheguei à conclusão que o efeito avassalador que a história do romance entre Vanda e Matiazz teve na opinião pública justificava os tão promissores dados. Este episódio, aliado ao facto da gala do Desordem ter ocorrido na mesma semana, deu azo a uma curiosidade mórbida de informação, que levou os internautas a consultarem massivamente esta página. Foi pois com elevada esperança que recebi algumas chamadas de patrocinadores, alguns deles internacionais, para a realização de contratos milionários, só comparados aos das melhores revistas internacionais como a Time, Newsweek ou o Figaro. Finalmente o meu talento e audácia tinham sido recompensados com a glória e o dinheiro, factores essenciais à ascensão social.
Foi pois sol de pouca dura como diz a sabedoria popular. Neste fim de semana, o correio electrónico deste espaço (hugomcarvalho@sapo.pt) foi inundado por numerosas opiniões de leitores que demonstraram todo o seu repúdio pelo blog e pela minha pessoa em particular.
Publico aqui algumas dessas missivas que chegaram e que me fizeram interrogar sobre o meu real papel neste mundo.

Caro Editor:
É com especial desconsideração que lhe escrevo para que tente bem nas suas acções e na grosseira escolha que faz nos artigos que publica. Bem sei que o Desordem tem sido até agora um espaço de referência, mas as coisas têm certos limites e, seria conveniente, o Senhor e a sua equipa terem isso presente, cada vez que escrevem as suas notícias. Como é que é possível que sejam capazes de publicar aquela fotografia no post intitulado “Imitação rende contrato milionário” de 14 de Dezembro do presente. Tenham vergonha. O que eu vejo é uma jovem desnudada de seio destapado e de microfone na mão. Aonde é que já chegamos para que não haja pudor nos actos jornalísticos? Enquanto o blog se mantiver nesse repudiável registo, não voltarei a cá por os olhos, nem que para isso tenha de estar desinformado. Bem haja!
João Gonçalves, Matosinhos

A vós:
Sei que hoje em dia, no panorama informativo nacional, é prática comum a utilização de todo o género de baixeza para se chegar às audiências necessárias capazes de render, por si só, magníficos contratos publicitários que são indispensáveis à sobrevivência de qualquer negócio. Compreendo isso e compreendo que o esforço de todos aqueles que trabalham nessa redacção tem sido até agora irrepreensível, mas o que sucedeu no passado dia 14 não tem desculpa. Não admito, enquanto leitor, que um seio seja exposto assim à laia de Janet Jackson num espaço que tanto prezo. Em última análise o Sr. Hugo Carvalho é o responsável por se vender a práticas tão vergonhosas. Qualquer dia passam a ser patrocinados pela Private ou pelo Mário Salieri. É altura de dizer basta e espero que a alta autoridade para a comunicação seja tão inflexível com vocês como com o Estado no caso Marcelo Rebelo de Sousa. O Desordem é actualmente a mancha do jornalismo português.
Tiago Marcelo, Alverca

Não sei, sinceramente, o que fazer. O meu filho, actualmente com 13 anos, quis ver, como qualquer ser mortal, as fotos e as notícias da gala do Desordem. Para isso nada melhor que uma visita ao respectivo site. O meu espanto foi muito ao ver a foto que publicaram para suportarem a cantoria que teve lugar no Parque das Nações em Lisboa. Estive até à última hora para vos fazer uma visita mas, depois do que publicaram, dou graças a Deus por não ter ido. A pouca vergonha ocupou definitivamente o povo português, e nem sequer aqueles a quem eu dava o maior dos créditos, são capazes de ignorar o contexto sexual que a sociedade vive. É uma vergonha o meu filho ter de ser confrontado com a foto duma moça com um seio a palpitar. Não é essa a educação que quero para ele e espero não ter de cancelar o serviço de Internet cá de casa. Sou mãe solteira e o que menos quero, neste momento, é ter problemas morais com o meu querido filho.
Joana Margarida, Lisboa

Fixe! Foi bué bacana a foto da mama que publikaram no dia 14. Kontinuem axim ke vão longe. Adoro-vos. Já ke escrevo, quero dar um konxelho, ke tal disponibilizarem um vídeo daquela kantora para download. Axo ke era fixe para todos.
Jinhos, fikem bem. Korn 4ever. Lisa ILoveu
Slash, Vila Real.

Nota do editor:
Uma coincidência do olho do fotógrafo de serviço fez com que uma mão se confundisse com um bonito e resplandecente seio. Ficam aqui registados os nossos pedidos de desculpa pelo acidente. Seja como for o autor da imagem já foi devidamente despedido pela prática de trocadilhos sexuais.
Como consequência desta terrível má interpretação do cérebro humano, o contrato milionário assinado entre o filho do xeque e a diva da música Elisabete ficou sem efeito.
Para o bem e para o mal, um bom Natal para todos.

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quinta-feira, dezembro 16, 2004

Amor provoca tremor em terra

Nesta época do ano, as histórias de amor têm sempre um significado especial. Não sei se é do Pai Natal, da iluminação, dos presentes ou do frio, mas o que facilmente se observa, e isso é que me faz suportar a quadra, é que toda a gente anda apaixonada por toda a gente e é capaz de qualquer coisa para demonstrar o seu verdadeiro amor. É o chamado síndrome do Love Actually!
Por isso, é com especial carinho que posso divulgar, para grande alegria minha, que dois ilustres jovens bem conhecidos, foram capazes de demonstrar finalmente os seus verdadeiros sentimentos, conseguindo heroicamente, e é disto que se fazem os heróis, pôr para trás a vergonha e, duma vez por todas, assumirem aquilo que toda a gente há muito sabia: Nutrem, reciprocamente, um enorme e maravilhoso amor Aristotélico.
O passo inicial foi dado por Jorge Matiazz que, farto de se revirar no seu leito de repouso, decidiu assumir o prejuízo e lançar-se de cabeça. Diz quem sabe, que o homem já andava a bater com o crânio nas paredes e podia ser facilmente encontrado a ver comboios a passar perto da sua casa em Alverca.
Por outro lado, Vanda, também estava na mesma situação. Em casa, em frente à televisão, pensava sempre em Matiazz quando seguia os jogos do Benfica, clube de eleição do seu amado Aristotélico. A derrota recente por quatro a um, fê-la abrir os olhos e esperar mais da vida do que a solidão fria das noites. Na verdade, sabia que Matiazz estava destroçado com o resultado e chegou à conclusão que, se estivesse por perto, podia facilmente atenuar essa dor. Afundou-se, desamparada, nas histórias de amor de Garcia Marquez e lamentou a sorte em segredo.
Depois da derrota, Jorge decidiu fazer alguma coisa. Telefonou para a sua terra natal, Malhada Sorda, e pediu para falar com o maestro da banda em que, nos raros tempos livres, costumava tocar tarola. Em meia hora, acertaram todos os pormenores que iriam fazer magia num mundo marcado pela tragédia e o infortúnio.
O engenhoso plano foi concluído na tarde de segunda-feira depois de almoço quando, sem ninguém o esperar, Vanda foi sobressaltada do seu leve sono vespertino com a música encantada duma filarmónica. Era uma marcha ao estilo nupcial com pequenos rasgos de valsa e tango que, o inspirado maestro, teve a feliz ousadia de compor para tão especial ocasião.
Matiazz, com os olhos postados na janela fechada donde a amada apareceria a qualquer momento, rufou no seu instrumento com extraordinário fulgor embora, só o acelerado palpitar do seu coração, fosse mais do que suficiente para fazer a terra tremer de emoção.
Vanda, ao ver tamanho arrojo, não conseguiu conter as lágrimas da alegria que detonava do seu âmago e, sem se preocupar com as consequências dum acto inconsciente de paixão, atirou-se, desamparada, janela abaixo do seu quarto, para então flutuar como um floco de caspa para os fortes braços de Matiazz que a recebeu, enternecido, de sorriso traçado nos lábios e com flores de todas as cores que a vida pode ter na mão.
*suspiro*

quarta-feira, dezembro 15, 2004

Acácia elevada a santa

Vem de Portugal o mais recente exemplo de amor ao próximo e de esperança na harmonia entre seres humanos.
Tudo aconteceu quando, os futuros funcionários do mítico Instituto de Apoio aos Desgraçados (IAD), sentiram a natural necessidade de preencher o tempo do lanche com a feitura de tostas mistas, inspirados, quem sabe, pela extraordinária venda da Sra. Diana Duyse a um casino da internet Golden Palace, duma tosta em que a imagem da Virgem se desvendou, imaculada, no queijo. O preço da compra ascendeu aos 28 mil dólares. Pode parecer ridículo, mas destas coisas santas não se deve duvidar. Para mais informações vá a http://goldenpalaceevents.com/charity/grilledmary01.php
Após a ideia, começou rapidamente uma colecta para a compra da tostadeira. Apesar do ímpeto inicial, que resultou na angariação de dois contos e seiscentos e mais uns trocos, rapidamente o esforço caiu em saco roto. Várias discussões sobre a marca do electrodoméstico clivaram a vontade dos funcionários e simpatizantes à causa. Aparentemente, os partidários da Moulinex, ficaram sentidos quando alguém disse que tinha uma máquina de fazer sumos da mesma marca e que se tinha estragado em dois meses. Aborrecidos com tamanha acusação, ainda para mais vindo dum elemento que defendia a compra dum aparelho Tefal, saíram do empreendimento e deixaram a vontade dum lanche saboroso órfã.
O triste fim da história não se escreveu porque Acácia recebeu a notícia do que se estava a passar e interveio duma forma que deixou todos boquiabertos. Acácia ofereceu, ela própria, a sua tostadeira à secção, de forma a que a paz e o amor reinassem entre os indivíduos litigantes. Para Tony Carreira, amigo de longa data de Acácia: “Nada me surpreende quando vem daquele ser humano excepcional e maravilhoso. Ela é assim, ajuda sempre que pode e sempre que não pode.”
A oferta foi recebida em apoteose e houve várias pessoas pertencentes ao IAD que não conseguiram disfarçar as lágrimas com a acção moralizadora, e porque não cristológica de Acácia.
Rendidos a tanta bondade, os funcionários escreveram à Santa Sé a contar todos os pormenores da dádiva. O Papa, por sua vez, respondeu com emoção dando indícios claros que, tornaria Acácia Santa o mais rapidamente possível, até porque não gostava de morrer sem ter esse prazer, mas pediu compreensão para a possível demora do processo devido ao seu complicado estado de saúde.
Confrontado com a notícia, Roberto Leal, grande amigo da futura santa fez saber: “Estou até fora de mim, vou até fazer uma canção para a ocasião.” Clemente, também ele grande amigo de Acácia, disse que estava eufórico com a possibilidade avançada pelo Desordem.
Até ao momento não foi possível contactar a visada, mas ficamos com uma foto da sua sempre importante presença na grande festa dos 5 meses do Desordem.

terça-feira, dezembro 14, 2004

Imitação rende contrato milionário

Uma espectacular imitação efectuada por Elisabete Ferreira de Shania Twain no jantar comemorativo dos 5 meses do Desordem, valeu-lhe os aplausos e a unanimidade da crítica que, a considerou mesmo, uma das melhores vozes a actuar actualmente em Bares Irlandeses. Tal sucesso não passou despercebido à imprensa estrangeira da especialidade. O Melody Maker dedicou-lhe duas páginas inteiras e considerou a sua actuação no Irish & Co. como um momento quer marca qualquer ouvido. “Finalmente conseguimos ouvir alguém a cantar num Irish Pub que não esteja bêbado que nem um cacho e que se esforce por não embebedar os clientes.” No entanto o dono do bar não a voltará a contratar. Segundo o próprio: “Canta muito bem, mas os clientes ficam a ouvi-la cantar e não bebem. Prefiro o Brian, sempre é mais lucrativo.”
A actuação não passou despercebida ao filho do xeque da Arábia Saudita - Kareem Al-saihati, possuidor duma fortuna incalculável e que a contratou para viver no seu palácio e cantar à hora das refeições. Durante o Ramadão ficará, se Alá quiser, dispensada. O xeque fez referência não só à sua maravilhosa voz, mas também ao cabelo Betty Boop que o deixou encantado. “O ocidente tem destas coisas.”
Mas outras individualidades não passaram despercebidas nesta noite de gala. O trio eléctrico composto por Pedro, Fábio e Joaquim cantou uma canção de Quim Barreiros provocando uma onda de delírio entre as mulheres presentes, principalmente quando o nome de Fábio foi anunciado. Para a Uncut “...foi uma actuação que não aqueceu nem arrefeceu, mas seja como for, a presença de Fábio dá um colorido ao trio que, infelizmente, a componente musical não consegue dar.”
Desilusão absoluta foi a presença de Frazão filho e Frazão pai. O som esteve mau e houve acusações no intuito de dar a entender que tudo não passou duma manobra de diversão para que alguns fossem beneficiados. Para Frazão filho: “Isto é demais! Uma pessoa vem para aqui cantar uma música que duma forma ou de outra nos diz muito e é confrontado com um sistema que tenta, a todo o custo, destruir o esforço de quem tem alguma coisa a dar.” Mesmo assim dos dois, Frazão pai foi o melhor. Os anos de experiência e a sua atitude à Tom Waits ajudaram. Mesmo assim, a Rolling Stone mostrou-se optimista numa futura parceria entre os dois cantores. “O mundo tem a ganhar com um eventual dueto entre os Frazões. O talento conjugado é capaz de entrar na história, separado serve apenas para entreter.”
Estranha foi a actuação de Ivone Bello, Marina, Ana Margarida e Susana Barão que cantaram uma música das Doce. Foram acompanhadas pelo sempre bem disposto Joaquim que, numa primeira fase, queria entrar no grupo como Reinaldo, antigo jogador do Salgueiros, mas que não foi aceite como tal, restando-lhe o papel de Ágata para interpretar. O insuspeito Musical Express viu o momento, como algo que pode abrir as portas a outros voos, mas tem de haver trabalho específico. Marina destaca-se e pode muito bem vir a ser a Britney Spears portuguesa.”
Das outras actuações pouco há a reter, a não ser uma que reviveu os idos anos 60/70, mas sem grande glória. Contudo, suspeita-se mesmo que, o interrogatório a Pinto da Costa, que tinha lugar à mesma hora no Tribunal Criminal de Matosinhos, foi interrompido para que o presidente do F.C. Porto pudesse assistir a esta parte do show.
Como editor, apenas quero agradecer a todos os que estiveram na festa e esperar que daqui a outros tantos meses possamos repetir a dose. Até lá fiquem em paz.


sexta-feira, dezembro 10, 2004

Jantar de natal do Desordem

Um monumental jantar está agendado para hoje à noite para comemorar os primeiros cinco meses de existência do nosso Blog.
O repasto terá lugar no Bar/Restaurante Irish & Co. no Parque das Nações e contará com a presença dos mais distintos frequentadores deste canto, bem como figuras públicas que animarão esta fria noite que se quer e se pretende memorável. Assim, entre outras, estão confirmadas as presenças de Matiazz, Catarina e seu distinto marido Raposo, Menina Pimentinha ainda que adoentada, Marina que vai fazer uma palestra sobre os atribulados dias que passou na Florida, Pinto da Costa que arranjou um tempinho para nos visitar, Dias Loureiro, Santana Lopes – Paulo Portas & Companhia Lda., Pedro Maia que trará o seu lindo rebento, Icílio que vai ser controlado por meia dúzia de guardas privados contratados pelo Desordem para evitar cenas de nudez, Paulo Rinhonha que se fará acompanhar pela sua tradicional má disposição e muitos outros, entre os quais o juiz Rui Teixeira que entreterá, se Deus quiser, os advogados que possam aparecer.
Para os mais receosos, fica desde já o aviso que o jantar irá ser patrocinado pelo editor do blog (eu próprio) e será aberto a qualquer um, independentemente do seu credo e cor. Por isso se o problema é dinheiro, apareçam de bolsos vazios que não lhes vai ser negada comida. É uma forma de agradecer a vossa perseverança e fé no trabalho que temos vindo a desenvolver.
Seja como for, na parte que me toca, fico muito contente do Desordem ter tido alguma aceitação e, por isso mesmo, é altura de demonstrar o meu afecto pelos clientes habituais deixando o singelo pedido para comparecerem a partir das oito e meia.
O repasto tem uma especial importância, pois marca o fim dum ciclo deste espaço, recordo que no próximo ano iremos voltar à carga com uma roupagem nova e uma filosofia mais moderna.
Até lá.

Idolos de amanhã

Assisti na última sexta-feira a um dos momentos mais estranhos da história da televisão portuguesa. Eu sei que não é muito difícil, tendo em conta o panorama actual dos media neste país, mas desta vez a coisa teve laivos de David Lynch. Há certos comportamentos nas pessoas que ainda não consigo perceber com total clareza apesar de, no passado dia 4, ter cumprido mais um dilacerante e irreversível aniversário. Já que toco ocasionalmente no assunto, tenho a escrever que alguns dos excelentíssimos leitores deste espaço ainda se lembraram da minha pessoa, embora nem todos tenham traduzido materialmente a lembrança, mas enfim...
Eu não sei se alguma vez viram o concurso Ídolos que passa na Sic sexta à noite, mas se não têm esse costume, eu passo a explicar a dinâmica da coisa. Qualquer pessoa que se ache suficientemente capaz de cantar meia dúzia de canções, e acreditem que há gente que se acha capaz de tudo, é posta em frente dum júri a dar para o parolo que opina sobre os dotes vocais dos candidatos. Nesta fase avançada do programa, o júri já não decide absolutamente nada, é antes o público, através do famoso televoto que determina a continuidade ou não dum concorrente. É através deste sistema que todas as semanas é eliminado um dos artistas. Mas o processo não é limpo de dor e agonia. Os apresentadores vão dando a conhecer os resultados lentamente até sobrarem dois, que são, portanto, os menos votados pelo povo e um deles vai acabar por ir à vida ou, na melhor das hipóteses, vai cantar Karaoke para as docas. E é aqui que a coisa começa a ficar deliciosamente estranha.
Os mais votados ou seja, aquelas que continuam em jogo, em vez de comemorarem a vitória como pessoas normais, ficam apreensivos e abraçam-se todos como se tivessem a passar pelo pior momento das suas vidas. É a comunhão mais esquisita que me foi dada a conhecer. Então os tipos são os preferidos do público e, em vez de saltarem de contentamento, ficam ali abraçados de lágrima no olho a tremerem de nervosismo? Será esta gente normal? Não têm mais nada em que se preocupar do que a eliminação do próximo? Que raio de esquizitoides são os cantores de amanhã?
Mas a coisa não fica por aqui. Depois de escolhidos os dois menos votados, é a vez de se anunciar o verdadeiro perdedor, aquele que teoricamente é o pior cantor dos finalistas. A notícia demora a ser dada, geralmente anda à volta dos 5 minutos. Enquanto isso, os vencedores apertam-se e choram e os dois vencidos ficam numa descontracção tântrica. É uma tendência absurda essa de demorar o maior tempo possível para dar uma notícia. Por exemplo, no Quem quer ser milionário, desde a pergunta até à resposta, já consegui tomar banho, fazer o jantar e limpar o fogão, sem que o apresentador desse a conhecer a resposta ao concorrente, que ainda por cima tinha falhado. Faz-me lembrar os tempos da minha infância, quando pedia alguma formosa jovem em namoro, ela me dizia que ia pensar no assunto. Demorava tanto tempo que eu acabava por ir fazer o pedido a outra.
Voltando ao Ídolos, quando finalmente é anunciado a identidade do perdedor, este desata aos saltos, levanta os braços e o público, em delírio, grita o seu nome. Ao mesmo tempo, os vencedores desatam num choro convulsivo e vão ter com o derrotado dando-lhe beijos e flores.
Agora pergunto, que raio de valores são aqueles? Que raio de sociedade é esta que se anda a construir em que se valoriza os derrotados e se minimiza os feitos dos vencedores? Se um alemão tivesse a ver aquilo, pensaria, e com toda a razão que os vencedores tinham perdido e o perdedor era o verdadeiro vencedor. Que exemplo é este que Portugal anda a dar ao mundo?
Raios partam!

sexta-feira, dezembro 03, 2004

Funniest Thing Ever

I happened to be sitting down to my left-over risotto and caught a brief part of Ten's thoughtful airing of the American Music Awards. You'll get some idea of how top notch the entire production was by considering what I found to be the funniest part: William Shatner proclaiming that "You can't rush genius" after his second album was an entiere thirty-seven years in production. Isn't he just so right?

Another notable performance came from Jessica Simpson who seemed to be quite enjoying some self-inflicted foreplay. Usher bestowed his thanks on his very own lord and savior, Jesus Christ (his words, not mine)... perhaps he was thanking the big man for not having yet struck him down for song titles like "I'll Make It Right, Can U Get Wit It?" and lyrics such as "Watchin' you work the stick in the ride , the motion how you move from 3rd to 5. And imagine what it's gon' be once we get inside.". Of course he has, in the past, provided us with many other equally frightening examples both of gramatical butchery and of moral contradiction, but they are a little too unsavory for this early timeslot.

Alicia Keys was surprisingly well-dressed and equally well-spoken, thanking more prominent sounding people than I care to remember. Of course, she also thanked God. I think it's good manners, or something.

I don't even think I can be bothered making some statement about the irony of all of this - a statement which someone else has no doubt made before about all of the same things. It certainly does strike me as funny, though. After all, you have to have a sense of humor about these things or they're more than likely to just plain get you down. I would probably be far less sceptical about the whole affair if ICP were up there thanking their respective Mums and Dads (Moms and Pops, whatever) for bringing them up right. At least they are a tiny bit honest about what they do in private.

The Pudding has lost her marbles, yet again. She's the other funniest thing ever, running up and down the house, following me around. Right now though, she seems to have tired herself out and is content enough to lie on the floor behind my chair (right behind) and enjoy the Kruder and Dorfmeister which is playing. She has quite taken to joining me on a short stroll out to the letterbox every evening when I get home from work. I live in a group of units, so my letterbox is one of eight in a brick construction just high enough for her to stand on and meet me at head-height. Upon half-leaping from my arms to the top of the letterboxes, she'll seem to take great pleasure in muhing and mah-mahing at me while I check the letters. Funny cat.

What about the future? I may just have seen it.
easure in muhing and mah-mahing at me while I check the letters. Funny cat.

What about the future? I may just have seen it.

quinta-feira, dezembro 02, 2004

Enfim livres

Após a queda do governo de Santana Lopes, e com ele a de Morais Sarmento, o blog Desordem ficou, finalmente, livre das pressões externas que fez questão de revelar recentemente, pressões essas que, duma forma ou de outra, tiveram continuidade em toda a imprensa nacional, mesmo na insuspeita imprensa desportiva.
Por isso fica a nota de toda a redacção deste espaço que, agora, se sente moralmente renovada e cheia de força para trabalhar em sossego e para, também, investigar as verdadeiras notícias que estão para além da interpretação conservadora da maioria dos jornais, exceptuando, e honra seja feita, o 24 horas.
Aproveito a ocasião para revelar que surgirão novas surpresas para o próximo ano, uma das quais está relacionada com o grafismo do Blog. Temos reparado que as receitas publicitárias desceram em força desde que António Andrade saiu da Quinta das Celebridades e que as visitas diárias deste canto decresceram para a penosa média de uma por semana. O que até é bom para o visitante pois, em caso de ser feito algum passatempo surpresa, daqueles pródigos em prémios irresistíveis, é ele forçosamente que ganha.
Seria fácil chamar-vos a todos uns ingratos, mas em vez disso, tentaremos melhorar e tornar este orgão de informação o mais credível possível como, aliás, já ficou demonstrado na notícia referente ao julgamento Casa Pia. Compreendemos que para o assíduo leitor, torna-se complicado acreditar num espaço que esteve durante alguns dias sobre pressão governamental. Também é verdade que a redacção andou um pouco preguiçosa nos últimos tempos, por isso assumimos a nossa culpa, embora não acredite, muito sinceramente, que os jornalistas do Desordem possam alguma vez trabalhar tanto como o editor.
Contamos pois com a vossa ajuda e a vossa participação para podermos melhorar até à perfeição este pastim. O mail é o do costume, hugomcarvalho@sapo.pt
Bem haja.

Carlos Cruz insulta jornalistas do Desordem

Começado que está o julgamento mais polémico do ano e, quiçá, de todos os tempos que teve ou terá lugar em território nacional, é perfeitamente natural que muito se escreva sobre o mesmo.
Numa análise feita às reportagens televisivas e jornalísticas referentes ao assunto, pode-se desde já constatar que se teceram opiniões para todos os tipos de inteligência. Umas pertinentes, outras brutalmente especulativas e, outras ainda, que funcionaram como fontes de ideias para os argumentistas da Private. No meio disto tudo, o que realmente teve piada, foram as autênticas barbaridades ditas por quem nada sabe, sejam inimigos do apresentador, comentadores televisivos ou, e especialmente, de advogados conhecidos da nossa praça. Se houvesse mais espaço e tempo, seria interessante fazer um ponto da situação do que foi cuspido cá para fora. Seja como for, toda a gente parece ter o seu espaço e o Desordem, como Blog sério que é, também vai ter um espaço próprio para que os frequentadores assíduos e não só, tenham sempre disponível a melhor e a mais imparcial informação possível.
Por isso, e como Editor responsável que tenho vindo a ser, prontifico-me desde já a prometer uma cobertura civilizada e digna que se afaste o mais possível da rede de baixeza que este folclore parece impor.

A primeira audiência de julgamento ficou marcada pelo forte dispositivo de segurança em torno dos principais arguidos. Mesmo assim, Carlos Cruz conseguiu desembaraçar-se, por segundos, dos efectivos da PSP para, pessoalmente, se aproximar dos dois repórteres do Desordem e insultá-los duma forma que podemos considerar desajustada e porque não mesmo, pirosa. Os apupos que utilizou, foram os anacrónicos “vai-te catar” e “era bom é que fosses comer uma isca”. As injúrias não vão passar incólumes à administração do Blog e já começaram a ser feitas diligências no sentido de instaurar um processo crime contra o antigo apresentador, isto é, se o gajo se safar desta.
A razão que levou ao comportamento do apresentador foi o facto dos repórteres do Desordem terem descoberto que Raquel Cruz, sua esposa, está neste momento, pelo sim e pelo não, à procura de novo marido, tendo mesmo já começado a consultar a agenda de Elsa Raposo para averiguar quais os homens disponíveis de momento.